O que pensam os eleitores de Pojuca, bairro de maioria evangélica na Bahia
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Uma igreja católica, nove terreiros e cerca de 80 espaços dedicados a denominações evangélicas. É essa a aglomeração imobiliária da fé em Barra do Pojuca, bairro popular de Camaçari, a 100 km de Salvador (BA). De Pojuca, fiéis como José Carlos Marques, 44, da Igreja Batista em Células; Cremilda Falcão, 54, da Assembleia de Deus; Jonas Conceição, 28, membro da Igreja Presbiteriana Renovada; e Merival Barroso, 44, do Ministério Apostólico Gerando Vida; contam suas histórias a TAB e mostram como tem sido a relação com a política às vésperas das eleições.
Mulher negra, comunicativa e assertiva, Cremilda acredita que "antigamente, política era coisa do diabo". À frente de uma escolinha infantil nos fundos de sua igreja, ela é a responsável por reunir mulheres evangélicas do bairro para discutir o Evangelho e o mundo. Sua principal orientação para elas tem sido olhar para os candidatos que têm propostas para o eleitorado feminino.
"Se tiver pra gente, tem pra todos. Mas é bom a gente lembrar que ele não vai também governar só para o evangélico. Tem o Brasil inteiro. Os evangélicos só passaram a ser conhecidos depois desse presidente aí. Todo mundo fala: 'ah, eu não sabia [da força dos evangélicos]'. Eu sabia! Eu já discursava isso para as mulheres: deixa de ser boba, 60% dos evangélicos são mulheres. A gente precisa criar uma frente pra nós."
Cremilda Falcão, 54, da Assembleia de Deus
Desde a década de 1990, o número de evangélicos no Brasil cresce em ritmo vertiginoso. Em 2020, 31% dos brasileiros se declararam evangélicos, segundo pesquisa do Datafolha. As projeções apontam que em 2032 eles serão o principal grupo religioso do país. No perfil racial, de acordo com o último Censo do IBGE, divulgado há mais de 10 anos, mais de 22 milhões dos evangélicos se declaram negros - número que supera o de brancos, que somam 18 milhões de pessoas.
No recorte do eleitorado, os evangélicos representam 27% dos aptos a votar neste ano, de acordo com o Datafolha. Para o jornalista Ricardo Alexandre, evangélico e autor do livro "E a verdade os libertará: reflexões sobre religião, política e bolsonarismo", é importante levar em consideração que a comunidade evangélica é heterogênea e possui diversidade de alinhamento político e ideológico. O escritor foi um dos entrevistados para a nova produção documental "O evangélico no Brasil", de UOL TAB e MOV, a produtora de vídeos do UOL, que traz relatos de fiéis, políticos e intelectuais cristãos a fim de entender as visões, os desafios e as contradições deste grupo.
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EQUIDADE... O número de estudantes negros em medicina na USP (Universidade de São Paulo) aumentou nos últimos cinco anos. Conforme dados da universidade obtidos pelo UOL, a USP recebeu 303 alunos negros e 1.362 brancos em 2018. Neste ano, foram 512 novos estudantes negros e 1.560 brancos.
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RACISMO... Nesta semana, racismo foi assunto em diversas entrevistas com personalidades, como a da atriz Aline Borges, de Pantanal, que falou da infância e que, por ter a pele clara, demorou para se entender como uma mulher negra. Já a influencer Camilla de Lucas voltou a falar sobre o caso de racismo que viveu em um voo internacional.
RACISMO II... No Brasil, a atriz Viola Davis contou que sofreu racismo por uma brasileira nos Estados Unidos. Com a morte da rainha Elizabeth 2ª, o UOL lembrou como Meghan Markle é alvo de brigas e racismo da família real.
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JÁ PENSOU?... Que tal ver uma onça de pertinho? O jogador da seleção brasileira Richarlison visitou as oncinhas do projeto Onçafari, que traz para o Pantanal do Brasil a experiência dos safáris africanos.
JÁ PENSOU? II... Chá revelação dentro do mercado? Mãe e avó, a trancista Vanessa de Souza, 36, não se segurou de ansiedade e resolveu descobrir o sexo do segundo neto dentro de um supermercado no Rio de Janeiro. O vídeo viralizou nas redes.
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DANDO A LETRA
Quando assumir uma negritude significa também ganho de benefícios oriundos de uma reparação histórica, a branquitude sempre encontra um modo de tirar proveito disso. A exploração do corpo negro é contínua e sistemática."
Jeferson Tenório, colunista do UOL
Em Notícias, Jeferson Tenório critica a autodeclaração do ex-prefeito de Salvador e candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil). Ele se declarava como branco, mas mudou para pardo este ano.
Em Crise Climática, Cínthia Leone conta que os CEOs brasileiros apoiam a descarbonização (alternativa sustentável aos combustíveis fósseis), mas cobram regulamentação estatal.
Que possamos criar um mundo com mais risos e gargalhadas, de todas e de todos, sem qualquer distinção ou julgamento! A risada salva, traz saúde e melhora a socialização!"
Alexandre da Silva, colunista do UOL
Em VivaBem, Alexandre da Silva comenta o poder do riso para pessoas idosas.
Em Esportes, Rodolfo Rodrigues lembra que o Palmeiras vai completar 100 rodadas como líder no Brasileirão.
Em Tilt, Akin Azar cita 7 filmes para entender a tecnologia hoje.
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PEGA A VISÃO
Fomos catequizados por uma ideologia muito europeia, que não ajudou a gente a viver a experiência dos santos negros
Padre José Enes, pároco e secretário executivo da Pastoral Afro da CNBB
Ecoa conta a história de São Benedito, um mouro (negro de origem árabe) que viveu no século 16 e que se destacou por sua benevolência, humildade e vocação religiosa. Analfabeto, filho de escravizados e cozinheiro, ele virou símbolo de humildade e dignidade étnica.
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SELO PLURAL
No episódio #97 de Papo Preto, o estudante nigeriano de relações públicas Austin Christopher conta à apresentadora Stela Diogo como cada pessoa pode ser um influenciador e mudar a sociedade contra o racismo.
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