Câmara aprova novo ensino médio com mais disciplinas tradicionais

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* Câmara rejeita mudanças do Senado e aprova novo ensino médio. A reforma do ciclo começou na Câmara e depois foi para o Senado, onde sofreu mudanças. Os deputados reverteram os principais pontos que foram alterados pelo Senado, ficou de fora a obrigatoriedade do ensino de espanhol e uma nova definição de carga horária para alunos do ensino técnico profissional. O início da implementação do novo modelo é previsto já para o ano que vem. Em relação ao texto que veio do Senado, foi mantido o aumento da carga horária para alunos do ensino médio tradicional em 2.400 horas para disciplinas obrigatórias e 600 horas para o itinerário formativo. Mas para o ensino médio técnico, o aumento da carga proposto pelos senadores, diminuindo para 2.100 horas a formação técnica e profissional, foi rejeitado. A proposta vai agora para a sanção de Lula. Veja o que mais vai mudar.

* Espanha vai à final da Eurocopa e Argentina é finalista da Copa América. Os espanhóis venceram a França por 2 a 1 de virada, na Allianz Arena, em Munique, na Alemanha, e estão a um passo de se isolarem como os maiores campeões do torneio, com quatro títulos. O outro finalista será definido hoje entre Inglaterra e Holanda. Pela Copa América, a Argentina venceu o Canadá por 2 a 0 em Nova Jersey, nos Estados Unidos, e conquistou a vaga para sua 30ª final da Copa América. Colômbia e Uruguai definem hoje a outra vaga da final.

* Câmara aprova urgência e deve votar hoje a reforma tributária. O relatório preliminar apresentado na semana passada deixou as carnes fora da cesta básica de alimentos com alíquota zero, mas os deputados dizem que as proteínas animais ainda podem ser incluídas no texto. Os frigoríficos e a Receita Federal estão travando um duelo para tentar convencer os líderes partidários sobre o impacto que teria a inclusão da carne na cesta. Pelas contas da Receita Federal, a inclusão elevaria a alíquota do IBS de 26,5% para 27,03%. Arthur Lira declarou na semana passada que "esse é um preço pesado para todos os brasileiros". O governo defende a inclusão das carnes na cesta de alíquota zero e Fernando Haddad levantou ontem a possibilidade de ampliar o cashback para famílias de baixa renda caso essa demanda não seja atendida. Entenda os principais pontos da reforma.

* Investigação das joias aponta que Bolsonaro recebeu dinheiro vivo nos EUA. A Polícia Federal concluiu, a partir de conversas de Mauro Cid, que o ex-presidente recebeu dinheiro em espécie do empresário do agronegócio Paulo Junqueira, pelas mãos do genro dele, Samuel Solitto. Junqueira emprestou uma casa para Bolsonaro se hospedar em Orlando, nos EUA, e confirmou que houve entrega de dinheiro, mas negou qualquer irregularidade e disse que seria para custear despesas de reparos na casa. Na semana passada, Bolsonaro foi indiciado pela PF sob suspeita dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato/apropriação de bem público. Outras 11 pessoas também foram indiciadas por suspeita de associação criminosa. Saiba mais.
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Ex-chefe da Receita confirma que Bolsonaro o procurou para reaver joias. Julio Cesar Vieira Gomes disse em depoimento à PF que tratou diretamente com Bolsonaro da liberação das joias da Arábia Saudita que foram apreendidas na alfândega do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ele disse que conversou com o ex-presidente em duas ocasiões. A primeira foi um encontro pessoal na primeira quinzena de dezembro de 2022 e a segunda foi o telefonema do dia 27 de dezembro. Leia mais.

* Congresso vota projeto da desoneração de 17 setores da economia. Rodrigo Pacheco disse que o texto estabelece a reoneração a partir de 2025 e que a sessão de hoje vai debater medidas para compensar o benefício a empresas e, consequentemente, aumentar as receitas. A proposta traz a manutenção da desoneração para 2024 e o estabelecimento de uma cobrança de 5% sobre a folha de pagamento dos 17 setores em 2025. Para 2026, a reoneração atingirá 10% e continuará sendo ampliada até alcançar os 20%, em 2028. O STF, no entanto, determinou que a decisão não pode representar aumento de imposto e Pacheco afirma que serão desenvolvidas formas de arrecadação "boas" para compensar as perdas. Entenda o que está em jogo.

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