A faísca do crime sobre a fogueira preparada pelo descaso
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Com El Niño, 'La Niña do Atlântico' e uma boa dose de combustíveis fósseis, chegamos ao cenário ideal para que criminosos ateassem fogo em São Paulo. Criminosos esses que, revela Tales Faria, são suspeitos de integrar a máfia justamente dos combustíveis, que, por sua vez, tem elos com o PCC (está difícil achar quem não tenha).
Leonardo Sakamoto define o problema já no título de sua coluna de hoje: "Crime apertou o botão, mas foi mudança do clima que tornou SP uma bomba". E continua: "Chegamos a esse ponto porque o ambiente estava tão seco que qualquer fogueira cria linhas de fogo de centenas de metros. Seria ótimo que o problema se resolvesse prendendo os executores e os mandantes dos incêndios. Mas há outros crimes que vêm sendo cometidos contra o meio ambiente e que, agora, cobram o preço".
O ministro Flávio Dino estipulou que o governo use força máxima para combater os incêndios no Pantanal e na Amazônia. A ordem, para Josias de Souza, produziu as faíscas do constrangimento e da inquietude. "Constrange porque foi dada no âmbito de ação movida ainda durante a gestão de Bolsonaro, marcada pelo negacionismo ambiental. Inquieta porque imaginou-se que a posse de Lula tornaria intervenções judiciais no meio ambiente desnecessárias", diz.
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