FBI diz que testes ligam cartas envenenadas a homem do Mississippi

Emily Lane

Em Jackson

  • Departmento de Polícia de Tupelo/AFP

    Everett Dutschke, suspeito de enviar cartas com ricina

    Everett Dutschke, suspeito de enviar cartas com ricina

JACKSON, Estados Unidos, 30 Abr (Reuters) - Uma máscara e outros itens apreendidos no estúdio de artes marciais de um homem do Mississippi acusado de enviar cartas com um veneno mortal para o presidente norte-americano, Barack Obama, e outros dois funcionários públicos testaram positivo para a substância ricina, de acordo com um documento judicial divulgado nesta terça-feira.

Documentos apreendidos pelo FBI também mostraram que o instrutor de artes marciais Everett Dutschke fez pedidos de sementes de mamona, usadas para fazer a ricina, no portal eBay, disse o agente especial do FBI Stephen Thomason num depoimento de oito páginas.

Dutschke, que está preso, se apresentará na quinta-feira à Corte do Distrito de Oxford, no Mississippi, para uma audiência.

Contatado pela Reuters, o advogado de Dutschke, George Lucas, não quis comentar o assunto. Em várias entrevistas à imprensa antes de sua prisão, Dutschke insistiu em sua inocência.

Dutschke, de 41 anos, foi preso em sua casa em Tupelo no sábado e acusado de "desenvolver e possuir" ricina e de "tentar" utilizá-la "como arma", segundo a declaração do Departamento de Justiça.

Se for condenado, Dutschke pode pegar prisão perpétua e ter de pagar uma multa de 250 mil dólares.

As cartas com ricina foram interceptadas no início do mês, antes de chegar às potenciais vítimas. Além daquela endereçada a Obama, os outros destinatários eram o senador por Mississippi Roger Wicker e um juiz estadual.

A descoberta das cartas aumentou a tensão nacional, dias após as explosões contra a Maratona de Boston.

(Reportagem de Emily Lane)

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