Papa Francisco vai dirigir o próprio "papamóvel" no Vaticano

Philip Pullella

Na Cidade do Vaticano

  • Osservatore Romano/Reuters

    Papa Francisco (direita) é presenteado com um carro Renault 4, modelo 1984, durante uma audiência privada com o padre dom Renzo Zocca (à frente do papa), no Vaticano

    Papa Francisco (direita) é presenteado com um carro Renault 4, modelo 1984, durante uma audiência privada com o padre dom Renzo Zocca (à frente do papa), no Vaticano

O papa Francisco pretende andar pelo Vaticano dirigindo um "papamóvel" que é a cara dele: modesto, bastante rodado e todo branco.

O econômico Renault 4 ano 1984 marca 300 mil quilômetros no relógio. O carro foi presente de um padre de 70 anos do norte da Itália, Renzo Zocca, que levou o papa para dar uma volta dentro da minúscula cidade-Estado encravada em Roma.

"Acho que o papa vai dirigir um pouco sozinho dentro do Vaticano", disse o padre Ciro Benedettini, porta-voz-adjunto da Santa Sé, nesta quinta-feira.

Há alguns meses, o papa pediu aos clérigos católicos que evitassem guiar carros caros, e que poupassem o dinheiro para dar aos pobres. Depois disso, Zocca escreveu ao papa dizendo que usava o mesmo carro havia décadas, e que desejava presenteá-lo simbolicamente a Francisco.

No fim de semana, ele e alguns fiéis foram com o carro até o Vaticano. Lá, o papa contou que também tinha um Renault 4 na Argentina, seu país natal. Francisco então assumiu o volante para uma volta, disse Zocca à revista católica italiana Famiglia Cristiana.

Quando era arcebispo de Buenos Aires, o papa costumava viajar de metrô, e depois da sua eleição como pontífice, em março, também vem demonstrando preferência por meios de transporte simples.

Na noite em que foi eleito, ele rejeitou a limusine blindada, uma Mercedes, e saiu da capela Sistina em um micro-ônibus usado pelos cardeais que haviam acabado de elegê-lo.

Durante uma viagem ao Rio de Janeiro, em julho, ele se deslocou pela cidade num modesto Fiat prateado, a seu pedido. Na terça-feira, foi num Ford Focus da frota vaticana visitar um centro para refugiados em Roma.

O papa, que faz da defesa da humildade um ponto central do seu pontificado, também desprezou os luxuosos aposentos usados por seus antecessores, preferindo morar em uma pequena suíte numa casa de hóspedes do Vaticano.

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