Ministro da Ucrânia anuncia acordo de trégua com a Rússia

Natalya Zinets

De Kiev (Ucrânia)

Crise na Ucrânia
Crise na Ucrânia

Os ministérios de Defesa da Ucrânia e da Rússia fecharam um acordo de trégua na Crimeia até 21 de março, disse o ministro em exercício da Defesa da Ucrânia neste domingo (16).

"Um acordo foi alcançado com a Esquadra do Mar Negro (da Rússia) e o Ministério da Defesa da Rússia para uma trégua na Crimeia até 21 de março", disse o ministro ucraniano Ihor Tenyukh a jornalistas no intervalo de uma reunião de gabinete.

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"Nenhuma medida será tomada contra nossas instalações militares na Crimeia durante este período. Nossas bases militares, portanto, estão prosseguindo com uma recomposição de reservas."

A Crimeia, que abriga a frota russa no mar Negro, foi parte da Rússia até 1954, quando o então dirigente soviético Nikita Kruschev passou seu controle à Ucrânia. Após a queda do ex-presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro, as populações das regiões sul e leste do país foram às ruas para protestar contra o que consideraram um golpe de Estado.

A Rússia, aliada de Yanukovich e com interesses na região, apoia esse movimento. A península da Crimeia, de maioria étnica e língua russas e atualmente com um regime de república autônoma da Ucrânia, está sob controle de forças pró-Moscou desde 28 de fevereiro.

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Ameaça aos separatistas

O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, prometeu neste domingo identificar e levar à Justiça todos os que promoverem separatismo na região da Crimeia "sob a proteção de militares russos".

"Quero dizer acima de tudo... para o povo da Ucrânia: que não haja dúvida que o Estado ucraniano irá encontrar todos os que promovem separatismo e divisão que agora, sob a cobertura de militares russos, estão tentando destruir a independência ucraniana", disse ele em uma reunião de gabinete, ao mesmo tempo que acontece na Crimeia o referendo para decidir se a região deve se tornar parte da Rússia.

"Nós iremos encontrar todos ele, mesmo que isso leve um ano, dois anos, e levar todos à Justiça, para julgá-los em tribunais ucranianos e internacionais. O chão irá queimar sob seus pés", afirmou.

 

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