Tribunal obriga Zuma a devolver a Estado US$ 16 mi de reforma de casa
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Rogan Ward/Reuters
Vista geral da residência do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em Nkandla, em foto de arquivo
O Tribunal Constitucional da África do Sul ordenou na quinta-feira (31) que o presidente sul-africano, Jacob Zuma, restitua os US$ 16 milhões (R$ 57 milhões) de verba estatal gastos na modernização de sua residência particular, um revés financeiro e político para o líder assolado por escândalos.
O veredicto unânime da corte de 11 juízes, um pilar da democracia estabelecido após o fim do apartheid, disse que Zuma falhou em "exaltar, defender e respeitar" a Constituição ignorando as revelações da Protetora Pública a respeito de sua ampla residência rural de Nkandla, na província de KwaZulu-Natal.
Em 2014, o organismo anticorrupção cuja criação foi determinada pela Constituição identificou uma piscina, um cercado para gado, um galinheiro, um anfiteatro e um centro de visitas como itens não relacionados à segurança pelos quais Zuma tem que pagar.
O juiz chefe Mogoeng Mogoeng deu 60 dias paara o Tesouro determinar seu "custo razoável", período após o qual Zuma terá outros 45 dias para pagar.
Além de prejudicar o mandatário, a decisão foi uma reparação à Protetora Pública Thuli Madonsela, uma advogada de fala mansa, mas determinada, descrita por Mogoeng como "a encarnação do Davi bíblico" lutando contra o Golias da corrupção governamental.
"O escritório da Protetora Pública é um dos verdadeiros cruzados e patronos anti-corrupção e pela governança honesta", afirmou Mogoeng. "Os seus são de fato poderes muito amplos que não deixam nenhuma alavanca do poder governamental acima de escrutínio".
Em um comunicado curto, o escritório de Zuma disse que respeita o veredicto e que irá determinar a ação apropriada no devido momento.
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