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Militares dos EUA estão prontos para proteger diplomatas na Venezuela, diz almirante

30.jan.2019 - Protesto contra o presidente da Venezuela Nicolás Maduro convocado pelo líder oposicionista e autoproclamado presidente Juan Guaidó - YURI CORTEZ / AFP
30.jan.2019 - Protesto contra o presidente da Venezuela Nicolás Maduro convocado pelo líder oposicionista e autoproclamado presidente Juan Guaidó Imagem: YURI CORTEZ / AFP

Idrees Ali e Phil Stewart

Em Washington (EUA)

07/02/2019 15h20

Os militares dos Estados Unidos estão preparados para proteger instalações e funcionários diplomáticos na Venezuela, se necessário, disse o almirante norte-americano a cargo das forças dos EUA na América do Sul, nesta quinta-feira (7).

"Estamos preparados para proteger instalações e funcionários diplomáticos dos EUA, se necessário", disse o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul dos EUA, durante uma audiência do Comitê de Serviços Armados do Senado.

O almirante não deu detalhes sobre como os militares norte-americanos poderiam reagir.

O colapso da Venezuela sob o governo do presidente Nicolás Maduro vem obrigando nações de todo o mundo a se posicionarem, particularmente depois que o líder opositor Juan Guaidó se declarou presidente no mês passado. O país está mergulhado na pobreza, e cerca de 3 milhões de pessoas fugiram para o exterior.

Grandes nações da União Europeia fizeram coro a EUA, Canadá e um grupo de países latino-americanos, incluindo o Brasil, e reconheceram Guaidó como governante interino legítimo da nação sul-americana.

O almirante Faller disse que a Venezuela tem cerca de 2.000 generais e que a maioria deles é leal a Maduro por causa da riqueza que acumularam com o tráfico de drogas e as rendas do petróleo e de empresas.

Ainda assim, observou, os soldados rasos estão passando fome, "como a população" da Venezuela.

"O governo legítimo do presidente Guaidó ofereceu anistia e um lugar para as forças militares, a maior parte da qual achamos que seria leal à Constituição, não a um ditador", disse Faller.

Ele acrescentou que os militares venezuelanos estão debilitados.