Ministro renuncia antes de provável vitória de Boris Johnson como premiê britânico
Um ministro e crítico de longa data de Boris Johnson se demitiu hoje, a renúncia mais recente antes de o provável futuro primeiro-ministro do Reino Unido tomar posse com uma promessa do tipo "tudo ou nada" de tirar o país da União Europeia com ou sem um acordo.
A saída do secretário júnior das Relações Exteriores Alan Duncan ressalta a força do sentimento dentro do Partido Conservador governista e do Parlamento contra um Brexit sem acordo que, segundo muitos empresários, seria catastrófico para a economia.
Ele segue o exemplo de Margot James, que entregou a pasta da Cultura na semana passada descrevendo como "realmente incrível" a promessa de Johnson de desfiliar a nação da UE até 31 de outubro quer exista ou não um pacto para suavizar o processo. Grupos empresariais que são aliados tradicionais dos conservadores desaconselharam repetidamente tal medida.
No domingo, o ministro das Finanças, Philip Hammond, também disse que renunciará, ao invés de ser demitido por Johnson, prometendo lutar com outros no Parlamento para impedir uma ruptura nas relações com a UE, a maior parceira comercial do país.
Em sua carta de renúncia, Duncan disse: "O Reino Unido fez muito bem ao mundo. É trágico que, justo quando poderíamos ter sido uma força intelectual e política dominante em toda a Europa, e além, tenhamos tido que passar cada dia trabalhando sob a nuvem escura do Brexit".
Ele enfatizou ter trabalhado com "dois secretários das Relações Exteriores muito diferentes" -- Johnson e seu rival pelo cargo de premiê, Jeremy Hunt
Sua decisão de sair não causou grande surpresa. Duncan não hesitou em criticar Johnson, seu ex-chefe na chancelaria, descrevendo-o certa vez como um "número de circo".
No início deste mês, ele atacou Johnson por não defender o ex-embaixador britânico nos Estados Unidos após um vazamento de suas críticas ao governo do presidente Donald Trump.
Duncan disse que Johnson "basicamente jogou nosso maior diplomata embaixo de um ônibus".
Vários outros ministros devem deixar seus cargos se, como esperado, Johnson se tornar o próximo premiê britânico na quarta-feira. O homem que liderou a campanha do "sair" no referendo de 2016 sobre a UE enfrentará imediatamente o desafio da negociação do Brexit.
Ex-prefeito de Londres, Johnson disse que intensificará os preparativos para uma saída sem acordo para tentar forçar os negociadores do bloco a fazerem alterações no acordo que a premiê Theresa May firmou e os parlamentares britânicos rejeitaram três vezes.
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