Pré-candidata democrata Warren acusa rival Bloomberg de tentar comprar eleições presidenciais dos EUA
A pré-candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos Elizabeth Warren atacou hoje o bilionário Michael Bloomberg por ter iniciado sua campanha à Casa Branca com uma blitz de anúncios televisivos de 37 milhões de dólares, acusando o ex-prefeito de Nova York de tentar comprar a democracia norte-americana.
Bloomberg, de 77 anos, um magnata de mídia que utilizará sua fortuna pessoal para investir livremente em sua campanha, disse que não receberá doações, e ingressou oficialmente na corrida democrata para a Casa Branca como um democrata no último domingo.
Warren, de 70, uma senadora do Estado de Massachusetts, e uma das líderes na disputa democrata de acordo com as pesquisas, propôs impostos sobre fortunas bilionárias e frequentemente discursa contra os Estados Unidos corporativo, algo que Bloomberg já criticou.
Em um evento com eleitores em Ankeny, no Estado de Iowa, Warren abriu seu discurso denunciando a estratégia de Bloomberg.
"Michael Bloomberg está fazendo uma aposta sobre a democracia em 2020. Ele não precisa de pessoas, ele apenas precisa de sacos de dinheiros. Eu acho que Michael Bloomberg está errado", disse Warren.
"Isso é exatamente o que está em jogo em 2020 - qual visão, qual versão da nossa democracia irá vencer. Se a versão de democracia de Michael Bloomberg vencer, então a democracia muda. Será sobre qual bilionário conseguiremos aguentar", afirmou a senadora.
A campanha de Bloomberg não comentou as declarações de Warren, mas em seu primeiro evento de campanha em Norfolk, no Estado da Vírginia, ele defendeu o uso de sua riqueza para garantir sua candidatura.
"Há anos eu tenho usado meus recursos para coisas que importam para mim", disse Bloomberg, de acordo com um vídeo publicado pela rede PBS. "Eu vou defender meu lado e deixar os eleitores, que são inteligentes, escolherem."
A entrada tardia de Bloomberg na disputa, três meses antes das eleições internas democratas começarem, reflete sua preocupação de que nenhum dos outros 17 outros candidatos a bater o presidente republicano Donald Trump nas eleições de novembro de 2020 consiga batê-lo.
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