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Risco de erupção impede buscas por desaparecidos em illha da Nova Zelândia

Pessoas em bote em área onde vulcão entrou em erupção na Ilha Branca da Nova Zelândia - Xinhua/Michael Schade
Pessoas em bote em área onde vulcão entrou em erupção na Ilha Branca da Nova Zelândia Imagem: Xinhua/Michael Schade

Charlotte Greenfield

Em Whakatane

10/12/2019 10h40

Diante do risco de que o vulcão volte a entrar em erupção, equipes de busca não puderam chegar à Ilha Branca da Nova Zelândia hoje para procurar por oito desaparecidos, e a polícia elevou o saldo de mortes da erupção do dia anterior para seis.

A polícia duvida que ainda se encontre sobreviventes e informou que a vítima mais recente morreu no hospital, sendo uma das mais de 30 pessoas que ficaram feridas na erupção na ilha desabitada, que é um ponto turístico popular.

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, disse que voos de reconhecimento não encontraram sinais de vida na ilha coberta de cinzas. Testemunhas oculares detalharam as queimaduras horríveis sofridas pelas pessoas que foram atingidas pelo desastre de segunda-feira.

"A escala desta tragédia é devastadora", disse Ardern no Parlamento. "Àqueles que perderam ou deram falta de familiares e amigos, compartilhamos sua dor e tristeza e estamos arrasados".

A polícia disse que 47 pessoas estavam na Ilha Branca no momento da erupção.

Entre os presentes, 24 eram da Austrália, 9 dos Estados Unidos, 5 da Nova Zelândia, 4 da Alemanha, 2 da China, 2 do Reino Unido e 1 da Malásia.

"Acredito fortemente que não há ninguém que tenha sobrevivido na ilha", disse o vice-comissário de polícia, John Tims, a respeito das oito pessoas ainda desaparecidas.

A maioria dos feridos sofreu queimaduras em mais de 71% da superfície do corpo, disse Peter Watson, principal autoridade médica do governo, alertando que algumas podem não sobreviver.

A agência neozelandesa de análise de riscos geológicos, GeoNet, elevou o nível de alerta do vulcão em novembro por causa do aumento da atividade vulcânica. A última erupção fatal do vulcão havia sido em 1914 e matou 12 funcionários de minas de enxofre.

Mas a cada ano passeios diários levam mais de 10 mil visitantes à ilha de propriedade particular, que é propagandeada como "o vulcão marinho ativo mais acessível do mundo".

(Reportagem adicional de Barbara Goldberg, em Nova York)