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Defesa de Bolsonaro pede que TSE rejeite inclusão de inquérito das fake news em processos

O presidente Jair Bolsonaro - EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente Jair Bolsonaro Imagem: EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Ricardo Brito

em Brasília

05/06/2020 16h12

A defesa do presidente Jair Bolsonaro defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeite a inclusão de investigações do inquérito das fake news em processos em tramitação na corte eleitoral que tentam cassar a chapa presidencial vitoriosa nas eleições de 2018.

Na próxima terça-feira, o plenário do TSE vai julgar duas de oito ações que questionam a eleição de Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão. O tribunal vai analisar ações referentes a supostos ataques cibernéticos em grupo de Facebook para beneficiá-los, informou a assessoria de imprensa do órgão.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Og Fernandes, havia dado prazo para a chapa se manifestar sobre o pedido feito pelo PT de inclusão de elementos do inquérito das fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e que na semana passada realizou uma operação tendo como alvos aliados do presidente.

Na manifestação encaminhada ao TSE na quinta-feira, a advogada da chapa, Karina Kufa, disse que o pedido demonstra um "inconformismo pela derrota no pleito de 2018" e que essas eventuais inclusões não têm ligação com o objeto das ações.

"Em nada corrobora com esta ação a investigação capitaneada pelo Colendo Supremo Tribunal Federal sobre notícias falsas direcionadas à figura dos insignes Ministros daquela Egrégia Corte", disse a advogada, ao defender a rejeição do pedido.

Og Fernandes também pediu a manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral para depois decidir se aceita ou não o pedido.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.