Pimenta: Lula soube do plano para matá-lo quando a PF deflagrou a operação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou sabendo do plano para matá-lo após a Polícia Federal deflagrar a operação que terminou com a prisão de quatro militares e um policial federal suspeitos de participar de um plano de golpe de Estado em 2022, afirmou o ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, em entrevista ao UOL News desta quarta-feira (20).

Quando eu tomei conhecimento ontem, o presidente da República também, por volta das 6h30 da manhã, do teor da operação da Polícia Federal, nós ficamos totalmente perplexos. Perplexos e chocados com aquilo que a gente leu da peça da Justiça, da ação que embasou a operação da Polícia Federal ontem.

O que essa gente fez é algo muito grave. Nós não estamos aqui falando de pessoas periféricas da hierarquia bolsonarista. É bom a gente lembrar que esse plano golpista e criminoso estava no computador do Mauro Cid, que era o ajudante de ordens do Bolsonaro. Ele tinha a senha do cartão pessoal da Michelle Bolsonaro [ex-primeira-dama], dos filhos. O Mauro Cid foi com ele [Bolsonaro] para os Estados Unidos. É uma pessoa da confiança dele.
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, disse na terça-feira (19) que comunicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre operação e sobre o plano para matá-lo após vencer as eleições de 2022.

"Comuniquei ao presidente, por volta das 6h30, após o cumprimento das medidas, dada a gravidade dos fatos e as ameaças à sua vida e ao vice-presidente. Também comuniquei ao Alckmin. Reação do presidente foi de surpresa e indignação", afirmou o diretor-geral da PF.

Não há acordo do PT por anistia a Bolsonaro, diz Pimenta

Não há nenhum acordo do PT que envolva anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro ou qualquer outro político, já que isso é "totalmente ilegal", declarou o ministro-chefe da Secom.

Eu desconheço qualquer acordo do PT que envolva anistia para alguém nesse processo que nós estamos aqui debatendo. Até porque isso é totalmente ilegal, como é que alguém funcional vai ser aliciado se ainda não foi julgado, se ainda não foi condenado, se é uma excrescência primária do ponto de vista jurídico, do ponto de vista formal.

O que mais me impressiona dessa história, é que ela traz tantos casos de líderes militares que nas horas decisivas trouxeram para si a responsabilidade e protegeram a sua tropa, protegeram seus oficiais. Essa turma do Bolsonaro, entre outras características, é um bando de covardes. A primeira coisa que eles dizem é, não fui eu, não fui eu, não fui eu, fizeram de jeito sem o sábio, pelo amor de Deus.

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Eu acho que o PT jamais pode negociar, votar a favor da anistia para votar em alguém. Discordo totalmente desse fato. Desconheço esse fato. Sou totalmente contrário e desconheço qualquer acordo do PT nesse sentido. Nesse momento, falar em anistia é acionar para qualquer movimento que tenha por objetivo acenar para impunidade. A impunidade é o fermento da violência, da intolerância, do ódio que levou o país a essa situação que nós estamos vivendo.
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom

Recentemente, o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), falou ao colunista do UOL Tales Faria que a derrubada da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de anistia aos envolvidos nos ataques do dia 8 de Janeiro de 2023 "é crucial para o partido".

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