Estudo inicial sugere que vacina da Pfizer protege apenas parcialmente contra ômicron
A variante ômicron do coronavírus pode evadir parcialmente a proteção gerada pela vacina da Pfizer e de sua parceira BioNTech contra a covid-19, afirmou nesta terça-feira o diretor de pesquisa de um laboratório do Instituto de Pesquisa em Saúde da África, na África do Sul.
O professor Alex Sigal afirmou no Twitter que há um "uma queda muito alta" na neutralização da variante ômicron em relação a uma cepa anterior da covid. O laboratório testou o sangue de 12 pessoas que haviam sido vacinadas com a vacina da Pfizer/BioNTech, de acordo com um documento publicado no website de seu laboratório. Os dados preliminares no manuscrito ainda não foram revisados por pares.
O sangue de cinco de seis pessoas que haviam sido vacinadas e também infectadas anteriormente com a Covid-19 neutralizou a variante ômicron, segundo o documento.
De acordo com o documento, foi observado uma queda de 41 vezes em níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante ômicron.
Sigal disse no Twitter que o número provavelmente deve ser ajustado após seu laboratório realizar mais experimentos.
A variante ômicron, detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado, soou os alarmes globais sobre um novo surto de infecções, com mais de vinte países, entre eles Japão, Estados Unidos e Brasil reportando casos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) a classificou no dia 26 de novembro como uma variante de preocupação, mas também disse que não há evidências que apontem a necessidade de novas vacinas especificamente desenvolvidas para combater a variante Ômicron e suas muitas mutações.
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