Quase 5 mil pessoas morreram em Mariupol desde início da guerra, diz prefeito
Quase 5.000 pessoas, incluindo cerca de 210 crianças, foram mortas na cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, desde que forças russas a cercaram, disse um porta-voz do prefeito nesta segunda-feira.
Não ficou imediatamente claro como o prefeito Vadym Boichenko calculou o número de um mês de bombardeio russo que devastou a cidade e prendeu dezenas de milhares de moradores sem energia e com poucos suprimentos.
Dados divulgados pelo gabinete de Boichenko mostraram que 90% dos prédios foram danificados e 40% destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas.
Cerca de 140.000 pessoas fugiram da cidade no Mar de Azov antes do início do cerco russo e 150.000 saíram desde então, deixando 170.000 ainda lá, segundo os dados, que a Reuters não pôde verificar imediatamente.
Boichenko, que não está mais em Mariupol, havia dito na televisão nacional na segunda-feira que cerca de 160.000 civis ainda estavam presos na cidade.
"A situação na cidade continua difícil. As pessoas estão além da linha de catástrofe humanitária", disse Boichenko. "Precisamos esvaziar completamente Mariupol."
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, nega atacar civis e culpa a Ucrânia por repetidos fracassos para se chegar a um acordo sobre corredores humanitários seguros para moradores presos.
A Ucrânia não anunciou nesta segunda-feira nenhum plano para criar corredores seguros no país, deixando claro que teme ataques russos.
"Nossa inteligência relatou possíveis 'provocações' dos ocupantes nas rotas dos corredores humanitários. Portanto, por razões de segurança pública, não estamos abrindo nenhum corredor humanitário hoje", disse a vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk.
O presidente Vladimir Putin diz que as forças russas estão em uma operação especial para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia. A Ucrânia e seus aliados ocidentais chamaram isso de pretexto infundado para uma invasão não provocada.
Mariupol é amplamente vista como uma cidade estratégica para os invasores russos criarem uma ponte entre a Crimeia, anexada por Moscou em 2014, e dois enclaves separatistas no leste da Ucrânia.
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