Projeto de lei sobre direito ao aborto nos EUA é derrotado no Senado
WASHINGTON (Reuters) - Um projeto de lei que tornaria o aborto legal nos Estados Unidos foi derrotado em votação no Senado nesta quarta-feira, em meio à forte oposição republicana.
Os democratas tentaram aprovar a lei mediante um parecer iminente da Suprema Corte que deve derrubar a decisão Roe vs. Wade, de quase 50 anos, que estabeleceu o direito nacional ao aborto, mas a proposta nunca teve muita chance de sucesso.
Com 49 votos a favor e 51 contra, a "Lei de Proteção à Saúde da Mulher" ficou 11 votos abaixo dos 60 necessários para ser levada a um debate completo no Senado.
Todos os 50 republicanos votaram para bloquear o projeto. Eles tiveram ainda o apoio de um democrata, o senador Joe Manchin.
Antes da votação, mais de duas dezenas de democratas da Câmara dos Deputados, principalmente mulheres, protestaram com passeata da Câmara ao Senado cantando "Meu corpo, minha decisão". Eles então entraram no Senado e sentaram-se em silêncio ao longo de uma parede dos fundos enquanto os senadores debatiam o direito ao aborto.
Apesar da derrota, os democratas esperam que a votação ajude a impulsionar seus candidatos à vitória nas eleições de meio de mandato de 8 de novembro, já que as pesquisas de opinião pública mostram profundo apoio entre os eleitores para Roe vs. Wade.
Isso, por sua vez, poderia reforçar futuras tentativas de legalizar o aborto por meio de legislação.
A batalha de décadas nos Estados Unidos sobre o direito ao aborto explodiu novamente na semana passada, quando a Suprema Corte confirmou a autenticidade de um rascunho que sinalizava que em breve derrubaria Roe vs. Wade.
Tal decisão deixaria para cada Estado determinar suas políticas de aborto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.