Erdogan diz que Suécia não deve contar com apoio turco para adesão à Otan após protesto em Estocolmo
A Suécia não deve esperar o apoio da Turquia para sua adesão à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) depois de um protesto perto da embaixada turca em Estocolmo no fim de semana, que incluiu a queima de uma cópia do Alcorão, disse o presidente turco, Tayyip Erdogan, nesta segunda-feira.
"Aqueles que permitem tal blasfêmia na frente de nossa embaixada (em Estocolmo) não podem mais esperar nosso apoio para sua adesão à Otan", disse Erdogan em um discurso após uma reunião de gabinete.
Protestos em Estocolmo no sábado contra a Turquia e a tentativa da Suécia de ingressar na Otan, em que uma cópia do Alcorão foi queimada, aumentaram as tensões com a Turquia, cujo apoio é necessário para a Suécia entrar na aliança militar.
A queima do Alcorão foi realizada por Rasmus Paludan, líder do partido político de extrema-direita dinamarquês Hard Line. Paludan, que também tem cidadania sueca, realizou uma série de manifestações no passado em que queimou o Alcorão.
Vários países árabes, incluindo Arábia Saudita, Jordânia e Kuwait, denunciaram o incidente.
A Suécia e a Finlândia se candidataram no ano passado para ingressar na Otan após a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas todos os 30 Estados-membros da aliança devem aprovar seus pedidos.
Ancara disse anteriormente que a Suécia, em particular, deve primeiro assumir uma postura mais clara contra o que considera terroristas, principalmente militantes curdos e um grupo que culpa por uma tentativa de golpe em 2016 na Turquia.
"Se você ama tanto os membros de organizações terroristas e inimigos do Islã e os protege, aconselhamos que busque o apoio deles para a segurança de seus países", disse Erdogan.
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