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Após resultados da Superterça, Biden diz que agora é "Trump ou eu"

WASHINGTON (Reuters) - Agora que Donald Trump praticamente selou a indicação do Partido Republicano para concorrer à Casa Branca, o presidente Joe Biden tentará aguçar o contraste entre os dois homens e sua visão para os Estados Unidos.

Biden, de 81 anos, e sua equipe de reeleição passaram os últimos meses cruzando o país para arrecadar recursos e divulgar suas realizações legislativas.

Os esforços têm arrecadado muito dinheiro, mas não conseguiram dissipar as preocupações sobre sua idade ou elevar sua posição junto aos eleitores em pesquisas nacionais e estaduais que o mostram com uma vantagem estreita ou perdendo para Trump.

Em resposta, Biden tem dito aos principais assessores da campanha que aumentem seus ataques a Trump, às vezes usando linguagem profana em reuniões privadas para descrever seu rival republicano, de acordo com duas fontes familiarizadas com as discussões.

Alguns assessores sugeriram que a campanha abandonasse suas esperanças de aumentar os índices de aprovação de Biden e, em vez disso, se concentrasse em reduzir os de Trump, que, segundo eles, têm se mantido estáveis apesar das profundas preocupações de uma grande parte dos norte-americanos de que ele representa uma séria ameaça à democracia.

O próprio Biden fez essa observação quando chegaram os resultados das disputas da Superterça.

"Os resultados desta noite deixam o povo norte-americano com uma escolha clara: Vamos continuar avançando ou vamos permitir que Donald Trump nos arraste para trás, para o caos, a divisão e a escuridão que definiram seu mandato?", disse ele em um comunicado.

Trump dominou as disputas pela indicação presidencial republicana realizadas em 15 Estados na terça-feira. Ele agora está perto de se tornar o candidato presidencial oficial do Partido Republicano, em direção a uma revanche histórica com Biden, que o derrotou em 2020.

Ambos têm baixos índices de aprovação nas pesquisas nacionais, o que significa que suas equipes provavelmente farão campanhas negativas com foco no ataque ao oponente.

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Biden espera usar seu discurso sobre o Estado da União ao Congresso na quinta-feira para ajudar a aguçar esses contrastes.

Biden passou o último fim de semana no retiro presidencial de Camp David ajustando seu discurso sobre o Estado da União, que se concentrará no crescimento econômico, no combate à inflação e na manutenção do curso de suas políticas, disse o diretor de comunicações Ben LaBolt.

LaBolt disse que Biden destacará o contraste entre suas próprias políticas e "a agenda republicana Maga: recompensar bilionários e corporações com incentivos fiscais, retirar direitos e liberdades e minar nossa democracia".

Maga é um acrônimo para "Make America Great Again" (Fazer a América Grande Novamente, na tradução), o slogan de Trump.

As autoridades da campanha de Biden acreditam que o exame minucioso de sua idade e desempenho não foi aplicado a Trump, e que os resultados da Superterça concentrarão a atenção dos eleitores em ambos os homens, além de acabar com qualquer esperança entre os eleitores pouco entusiasmados de que novos candidatos possam surgir.

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