Casos de covid-19 voltam a crescer na França e Natal e Ano Novo preocupam
Poucos dias depois da suspensão do lockdown no país, a epidemia de covid-19 voltou a avançar na França. As autoridades registraram novas contaminações e um "leve" aumento das hospitalizações. A evolução é considerada "preocupante" pela Santé Publique France, a agência nacional de saúde francesa, que teme uma aceleração da pandemia no país após as reuniões familiares de fim de ano.
Em uma coletiva de imprensa hoje, a epidemiologista da agência francesa de saúde pública Sophie Vaux disse que o aumento da circulação do vírus confirma a retomada epidêmica. O R0, que indica o número de pessoas contaminadas por cada caso positivo, passou há alguns dias para 1,03, o que não ocorria há semanas. Acima de 1, ele indica que a epidemia está fora de controle.
Para Laëtitia Huiart, diretora científica da agência de Saúde Pública, a aceleração das contaminações é limitada, mas é uma má notícia porque a França "já estava em um nível preocupante em termos de novos casos e de saturação hospitalar", diz. Somam-se a isso as duas semanas de férias escolares, iniciadas neste sábado, o Natal e outros encontros de fim de ano.
O número de contaminações pelo SARS-Cov-2 atingiu um pico de 60.000 contaminações por dia no final de outubro. O recesso escolar de novembro e as medidas de restrições impostas pelo governo estabilizaram a situação. O último registro de contágios diários indica mais de 18.000, um número em ascensão, de acordo com a agência de saúde francesa.
Aumento de testes
Na semana passada, 80 mil testes (PCR ou de antígenos) foram realizados no país, cerca de 10% a mais do que na semana anterior. Segundo a epidemiologista francesa, isso mostra que há "um aumento da circulação do vírus".
O número de hospitalizações, que na primeira semana de dezembro estava em baixa, também voltou a crescer entre 7 e 8 de dezembro. No período, 8.608 novos pacientes foram internados e 1.146 deram entrada nas UTIs. A alta foi de 2% em ambas as situações.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou hoje que as pessoas usem máscara e mantenham a distância de pelo menos 1,5 metro durante as reuniões familiares no fim do ano. O risco de uma terceira onda no início de 2021 é "elevado", de acordo com a organização.
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