Israel: Netanyahu rejeita novamente acusações de corrupção em tribunal
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta segunda-feira (8) as acusações de corrupção, fraude e abuso de confiança, em um rápido comparecimento no tribunal de Jerusalém.
O premê de 71 anos ficou cerca de vinte minutos na sala de audiência. "Aprovo a resposta escrita em meu nome", declarou, em alusão a uma carta redigida pelos seus advogados e apresentada à Justiça no mês passado. No texto, Netanyahu nega todas as acusações retidas contra ele. Há 15 anos no poder, ele é o primeiro chefe de governo da história de Israel a ser julgado durante o mandato.
Os advogados do primeiro-ministro, Boaz Ben Zur e Amit Hadad, acusam o promotor Avichai Mandelblit, que havia sido nomeado por Netanyahu, de "gerenciar mal o processo."
Segundo ele, uma parte das investigações foram abertas sem as autorizações necessárias. A defesa havia solicitado alguns meses para preparar o dossiê, em função de sua complexidade. Os juízes indicaram que não analisariam as provas antes das eleições legislativas, marcadas para o dia 23 de março.
Favores políticos
Nesta segunda-feira, diversos manifestantes se reuniram em frente ao tribunal para pedir a saída do chefe de governo. O primeiro-ministro israelense está sendo julgado em três casos.
No primeiro, ele é acusado de ter negociado com o site Walla uma cobertura favorável em troca de favores políticos que teriam resultado em ganhos miliionários para Shaul Elovitch, diretor da empresa de telecomunicações Bezeq, que detém o site.
No segundo inquérito, conhecido como Mediagate, ele também é acusado de obter reportagens no cotidiano mais lido de Israel, Yediot Aharonot, em troca de uma lei que limita a difusão do jornal gratuito Israel Hayom, seu principal concorrente. Na terceira acusação, Netanyahu e os membros de sua família são suspeitos de terem recebido presentes luxuosos em troca de favores pessoais ou financeiros.
O presidente do Parlamento, Yariv levin, diz temer uma interferência sem precedentes nas eleições do próximo dia 23 de março se o tribunal apresentar agora provas contra o primeiro-ministro.
A batalha eleitoral está longe de ser vencida por Netanyahu, que espera obter a maioria das cadeiras para votar a lei que asseguraria uma imunidade judiciária. Seu partido, o Likud, está no topo das pesquisas, mas não conseguirá, em princípio, obter 61 cadeiras necessárias para formar uma coalizão.
(Com informações da AFP)
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