Variante britânica representa cerca de 50% de casos de Covid na França, diz primeiro-ministro
A variante inglesa do coronavírus, mais contagiosa, "representa agora cerca de metade das pessoas" infectadas com o Covid na França, anunciou nesta quinta-feira (25) o primeiro-ministro francês, Jean Castex, durante uma coletiva de imprensa. A evolução geral da epidemia de coronavírus "não nos permite, até o momento, considerar medidas de relaxamento das restições contra a Covid-19", estimou Castex.
A variante vinda do Reino Unido representou cerca de 40% dos casos franceses, de acordo com números divulgados há uma semana na França, e levanta temores de uma explosão epidêmica.
"Sabemos desde o final de janeiro que esta variante está se espalhando silenciosamente e que deve produzir, em algum momento, um novo surto epidêmico, por ser mais contagiosa", declarou o chefe do governo francês.
A variante inglesa se tornou muito preponderante em Dunquerque (no Norte da França), onde as contaminações explodiram há duas semanas e levaram as autoridades a imporem o confinamento no fim de semana.
Essa cepa britânica também está cada vez mais presente na região de Paris, onde a taxa de incidência aumenta a cada dia, e saltou de 280 para 301 casos por 100 mil habitantes em sete dias entre domingo e segunda-feira, segundo os últimos números, divulgados nesta quinta-feira pela Agência Regional de Saúde.
"Parece agora que a situação epidemiológica e hospitalar em outras departamentos suscita vigilância máxima porque estes territórios acumulam indicadores desfavoráveis: uma elevada incidência, cerca de 250 casos por 100.000 habitantes, quota superior a 50%, pressão hospitalar perto ao limiar crítico e, finalmente, a circulação viral que começa a acelerar seriamente ", acrescentou Castex.
Vinte departamentos no total estão envolvidos: Île de France (região parisiense), uma grande parte de Hauts-de-France (norte) e Provence-Alpes-Côte-D'azur (sudeste), bem como os departamentos de Rhône (leste ) e Drôme (sudeste), em particular.
Apesar da deterioração da situação sanitária, "estamos tentando tudo para atrasar" o confinamento, a fim de "dar tempo de vacinação para produzir efeitos", estima o premiê Jean Castex.
"A contenção é uma alavanca que devemos usar quando não podemos fazer de outra forma. Deve ser feito com sabedoria, no momento certo e na medida certa", acrescentou.
A evolução geral da epidemia de coronavírus na França "não nos permite, até o momento, considerar medidas de relaxamento da contenção", estimou nesta quinta-feira Jean Castex.
"Mesmo os países que têm se confinado fortemente estão vendo uma retomada nas taxas de incidência", acrescentou o primeiro-ministro francês. Mas "optamos pela territorialização", lembrou, e "se for necessário caso a caso tomar medidas adicionais, nos adaptaremos à realidade".
(Com informações da AFP)
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