Voluntários fazem buscas por estudante brasileiro desaparecido em Paris
Os brasileiros de Paris convocam neste domingo (6) nas redes sociais um mutirão para tentar encontrar Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, desaparecido desde o último 23 de janeiro. Uma investigação foi aberta, mas até hoje a polícia francesa não encontrou o estudante brasileiro.
Segundo a família de Robson de Freitas que monitora as buscas do Brasil, o celular do estudante foi encontrado no serviço de objetos esquecidos da estação de trem Gare du Nord, de Paris. Foi nas imediações da estação que, segundo o jornal Le Figaro e Le Parisien, um homem indicou às autoridades francesas ter visto um jovem gritando, em inglês, "Sou brasileiro, preciso de ajuda" e exibindo um passaporte. A polícia confirmou que se tratava do estudante, conseguiu rastrear parte de seu trajeto, sem, no entanto, descobrir seu paradeiro.
Mutirão "à procura de Robson" organizado neste domingo sai justamente da Gare du Nord, às 15h pelo horário local (11h em Brasília). Nas redes sociais, os organizadores pedem a ajuda para que todos que possam "compareçam a Paris no intuito de se juntar às buscas pelo estudante desaparecido". A mensagem pede ainda que os voluntários usem adereços com as cores do Brasil.
Os irmãos do estudante, Pedro Henrique e Cyntia, aguardam que seus passaportes fiquem prontos para viajar à França e acompanhar de perto as buscas. Além de estar em contato com a polícia, eles contam com a ajuda de um primo que vive em Paris, com os serviços consulares brasileiros e uma advogada.
Surto no aeroporto
Robson vivia e estudava na Irlanda desde o final do ano passado. Ele deveria embarcar em um voo no dia 23 de janeiro no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, de volta para o Brasil.
No entanto, o estudante, que sofre de depressão e faz um tratamento com medicamentos sob orientação médica, teve um surto enquanto aguardava para fazer o teste de Covid-19 no aeroporto. A irmã, Cyntia, ainda tentou convencê-lo, pelo telefone, a embarcar no voo, mas o estudante estaria alterado e teria interrompido a ligação.
Em entrevista à RFI, o irmão Pedro Henrique, informou que o estudante foi ajudado por policiais no aeroporto e levado para uma clínica psiquiátrica em Paris, deixando seus pertences para trás. "Ele ficou na clínica durante 15 horas, do dia 23 ao 24. Depois de ser medicado, eles viram que ele estava aparentemente bem e ele foi liberado", conta e desde então está desaparecido.
Ele e a irmã esperam receber o passaporte até 7 de fevereiro para poderem vir a Paris. "Quando encontrarem o meu irmão, ele vai precisar de uma figura familiar com ele. Como ele está em surto, a gente não sabe como ele vai reagir quando o encontrarem", diz.
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