Topo

Esse conteúdo é antigo

Em meio a ameaças de guerra nuclear, papa Francisco pede que mundo 'aprenda com a história'

Papa Francisco - VATICAN MEDIA/via REUTERS
Papa Francisco Imagem: VATICAN MEDIA/via REUTERS

09/10/2022 16h14Atualizada em 09/10/2022 16h45

O papa Francisco pediu neste domingo (9) que o mundo aprenda com a história, referindo-se às ameaças de guerra nuclear na Ucrânia. Em uma cerimônia no Vaticano, ele defendeu o caminho da paz.

O sumo pontífice não fez nenhuma menção direta ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia ou às declarações recentes do presidente norte-americano Joe Bien, que disse que o mundo está sob a ameaça de um "Armagedom" nuclear pela primeira vez desde a Guerra Fria. Mas ao recordar o início do Concílio Vaticano II há 60 anos, Francisco disse durante uma missa de canonização na Praça de São Pedro que "não devemos esquecer o perigo da guerra nuclear que ameaçou o mundo".

"Por que não aprendemos com a história? Naquela época houve conflitos e tensões, mas escolheu-se o caminho da paz", insistiu o pontífice de 85 anos.

Há exatamente uma semana o papa havia pedido ao presidente russo, Vladimir Putin, que acabe com a "espiral de violência" na Ucrânia, também por amor a seu povo. O sumo pontífice ainda criticou as anexações de territórios por considerá-las "contrárias ao direito internacional".

Canonizações de religiosos italianos

O Vaticano informou que 50.000 fiéis participaram neste domingo na missa de canonização de Giovanni Battista Scalabrini e Artemide Zatti.

Ao recordar o trabalho do bispo italiano Scalabrini, que fundou no século XIX uma comunidade para ajudar os migrantes e refugiados, o papa afirmou que é "escandalosa a exclusão dos migrantes" que "morrem diante de nós" no Mediterrâneo, que agora é "o maior cemitério do mundo".

O outro canonizado, Armando Zatti, foi um imigrante de origem italiana que chegou na Argentina, onde se dedicou a cuidar de doentes.

O papa também aproveitou a oportunidade para orar pelas vítimas do "louco ato de violência" ocorrido na Tailândia, onde um policial expulso da corporação matou 36 pessoas, incluindo 24 crianças.

(Com informações da AFP)