Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros, incluindo corpos de dois voluntários
A Ucrânia e Rússia anunciaram neste sábado (4) terem trocado cerca de 200 prisioneiros. Os Emirados Árabes Unidos fizeram a mediação entre os dois beligerantes.
O diretor de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, disse que 116 ucranianos voltaram para casa, enquanto as agências de imprensa russas relatam o anúncio, pelo Ministério da Defesa, do retorno de 63 soldados.
"Trouxemos de volta 116 dos nossos, defensores de Mariupol, guerrilheiros de Kherson, atiradores do front de Bakhmut e outros heróis", escreveu Yermak, no Telegrama.
Como parte da negociação, os corpos de dois voluntários britânicos foram devolvidos por Moscou para a Ucrânia, pela qual combatiam. O chefe de gabinete de Volodimir Zelensky acrescentou que os corpos de Andrew Bagshaw e Christopher Parry, que foram mortos durante uma operação humanitária para evacuar civis de Donbass no mês passado, foram enviados de volta para a Ucrânia.
Parry tinha 28 anos e Bagshaw, 48 anos. Eles desapareceram em 6 de janeiro perto de Soledar, no leste de Bakhmut, palco de intensos confrontos à época da qual os russos reivindicaram a conquista há duas semanas.
Portugal pode enviar blindados
O governo de Portugal disse que está disposto a enviar tanques pesados ??Leopard 2 para a Ucrânia, mas primeiro deve viabilizar, junto à Alemanha, fabricante dos veículos, a restauração de algumas blindagens. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro António Costa, neste sábado.
"Esta operação logística está em curso e estamos a trabalhar de forma muito estreita com a Alemanha. Oportunamente, poderemos contribuir para este esforço coletivo de dotar a Ucrânia dos melhores meios para se defender", disse à agência Lusa, à margem de uma viagem à República Centro-Africana.
Após o acordo de Berlim, no final de janeiro, vários países ocidentais prometeram entregar tanques Leopard 2 a Kiev. O número de blindados que Lisboa poderá disponibilizar "será anunciado oportunamente", indicou Costa, acrescentando que os países europeus em questão pretendem entregar este armamento "antes do final de março".
O semanário Expresso noticiou na semana passada que mais de metade dos 37 tanques Leopard do exército português não funcionam. "Alguns não estão operacionais e, por isso, temos de trabalhar com quem os produz", para poder fornecer tanques à Ucrânia sem comprometer a defesa de Portugal, confirmou o primeiro-ministro.
Com informações Reuters e AFP
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