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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Macron diz que Putin 'não pode e não deve ganhar esta guerra'

08.fev.23 - O presidente francês Emmanuel Macron e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, chegam para fazer uma declaração conjunta com o chanceler alemão Olaf Scholz, no Palácio do Eliseu, em Paris, França - SARAH MEYSSONNIER/REUTERS
08.fev.23 - O presidente francês Emmanuel Macron e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, chegam para fazer uma declaração conjunta com o chanceler alemão Olaf Scholz, no Palácio do Eliseu, em Paris, França Imagem: SARAH MEYSSONNIER/REUTERS

09/02/2023 06h01Atualizada em 09/02/2023 07h08

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou a Paris na noite de quarta-feira (8) e foi recebido no Palácio do Eliseu pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que também havia convidado o chanceler alemão, Olaf Scholz, para o enocntro. Na manhã desta quinta-feira (9), Macron e Zelensky voaram juntos para Bruxelas, onde acontece uma reunião com líderes da União Europeia (UE).

O encontro em Paris tinha o objetivo de "reafirmar o apoio inabalável" franco-alemão à Ucrânia, "e continuar a estreita coordenação que permite responder com reatividade e eficiência às necessidades expressas por Kiev", afirmou a presidência francesa.

O chanceler alemão Olaf Scholz reforçou o apoio aos ucranianos. "Estamos comprometidos ao lado da Ucrânia (...) e também apoiamos por meio de ajuda financeira, ajuda humanitária e armamento, artilharia pesada, defesa antiaérea e, mais recentemente, a entrega de tanques de guerra, e continuaremos a fazê-lo enquanto for necessário", disse.

Jornais franceses repercutem a viagem

A visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Paris e Bruxelas nesta quarta e quinta-feira (8 e 9) está nas primeiras páginas dos principais jornais franceses.

Le Figaro dá destaque à advertência feita pelo líder de Kiev, de que "ao ajudar a Ucrânia, os europeus se ajudam a si mesmos" face à ofensiva russa.

O diário francês, ao lado do alemão Der Spiegel, publica uma longa entrevista exclusiva com Zelensky, na qual ele fala sobre "o medo" dos países europeus de que a guerra chegue até eles". Esse receio está mais forte agora que a entrega de tanques modernos ocidentais está prestes a ser realizada pelos europeus para a Ucrânia. Zelensky afirma que "alguns no Ocidente" avaliam que, para encerrar o conflito, será preciso dar a Putin o que ele pede, um pedaço de um território, o Donbass e a Crimeia", as regiões ucranianas reclamadas por Moscou. Mas para o presidente ucraniano, isso significaria reconhecer "o poder que os russos inventaram para eles mesmos, que lhes permitiria controlar vizinhos independentes".

Na entrevista, ele diz que "Putin é como um dragão que precisa comer: você não pode dar a ele um pedaço de um país para lhe satisfazer, porque ele vai continuar pedindo mais". Zelenky compara o presidente russo a Adolf Hitler, que mesmo quando já perdia a Segunda Guerra Mundial, "continuava bombardeando Londres e outras cidades".

No Parisien, o destaque é para a reunião entre o ucraniano, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, no jantar em Paris, na noite desta quarta. No palácio do Eliseu, Macron afirmou que Putin "não pode e não deve ganhar esta guerra".

O jornal afirma que "Paris e Berlim demonstram um entendimento concreto" sobre "a questão crucial" do conflito, a entrega de tanques e aviões de combate europeus a Kiev.

O encontro ocorreu ao final de um dia "surpreendente e produtivo", definiu o Parisien, em que Zelensky primeiro foi recebido em Londres pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e o rei Charles III, antes de discursar no Parlamento britânico e voar para Paris.