INSS humilha clientela e deixa capitão sem nexo
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Jair Bolsonaro defende desde o início da pandemia a volta do país a uma hipotética normalidade. Alardeou em abril que dispunha de um decreto engatilhado. Ameaçou reabrir estabelecimentos fechados por governadores e prefeitos. Foi contido pelo Supremo. Pois bem. Fechadas há quase seis meses, as agências do INSS anunciaram a reativação dos serviços presenciais para esta semana. Produziram-se filas, constrangimentos e humilhações. E Bolsonaro não disse um pio.
Aguardam na fila por uma perícia médica 790,4 mil pessoas. É gente pobre, que depende do laudo médico para receber benefícios como o auxílio-doença ou pensão paga a velhos e portadores de deficiência. Mesmo quem tinha hora marcada não foi atendido. Os cerca de 3 mil peritos não deram as caras.
Os médicos alegam que não há segurança sanitária nas agências. O INSS sustenta que as agências foram preparadas com equipamentos de segurança e proteção. De duas uma: ou os peritos estão certos e o governo precisa se equipar ou o governo está com a razão e deveria punir os faltosos. Por ora, aconteceu a única coisa que não deveria ter ocorrido: a clientela foi deixada ao desamparo.
Sob Bolsonaro, o INSS passou a coabitar com a Receita Federal o organograma do Posto Ipiranga. Num guichê, a pasta de Paulo Guedes cobra tributos como nação europeia. Noutro, entrega serviços de países africanos. A tribo bolsonarista acha que não se deve culpar Bolsonaro pelo flagelo, pois o caos do instituto previdenciário vem de longe. Nessa linha, a culpa é de Pedro Álvares Cabral. Ou de Noé, que deve ter permitido a entrada de um casal de parasitas na arca.
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