Promotora que tirou foto com Pazuello não está no caso Marielle desde 2019
Posts que circulam nas redes desde domingo (22) omitem que a "investigadora do caso Marielle" que posou para uma foto ao lado do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (PL), deixou o caso há quase três anos. A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho se afastou das investigações no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) após a divulgação de fotos dela em apoio ao presidente.
"Essa é a investigadora do caso Marielle ao lado do Pazuello. Bolsonaro não quer que você veja essa foto e nem que pergunte quem mandou matar Marielle", dizem os posts com a alegação distorcida, sem explicar que a promotora não está mais na investigação.
A foto de Carmen Eliza com Pazuello foi publicada no perfil do ex-ministro no Instagram no sábado (21). "Primeiro Seminário da @abrajucoficial com representantes dos estados. Abrajuc: Associação Brasileira de Juristas Conservadores", diz a legenda. A mesma foto também foi publicada no perfil da associação.
Carmen Eliza pediu, em novembro de 2019, afastamento da investigação do assassinato de Marielle Franco, vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro, e do motorista Anderson Gomes. Ela teve sua imparcialidade questionada após a repercussão de fotos dela apoiando Bolsonaro nas eleições de 2018.
A promotora também não era "a investigadora" do caso — ou seja, a única responsável pela investigação. Em julho do ano passado, as promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile deixaram a força-tarefa do MP-RJ que investiga os assassinatos. Desde então, a força-tarefa é coordenada pelo promotor Bruno Gangoni.
O UOL Confere encontrou posts com a alegação distorcida no Twitter e no Facebook. No Twitter, um post do ativista de esquerda Thiago dos Reis, que se identifica como Thiago Brasil, tinha quase 2 mil retweets e 5 mil compartilhamentos até o fim da tarde de hoje.
Marielle e Anderson foram emboscados e assassinados a tiros no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018. Os acusados de terem executado o crime — o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz — estão presos desde 2019. Até hoje não se sabe a motivação do atentado e quem foram seus mandantes.
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