Peregrinos sofrem com furtos e roubos durante passagem do papa por Copacabana
Pelo menos cinco pessoas registraram na 12ª DP (Delegacia Policial) furtos e roubos ocorridos na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, durante a passagem do papa Francisco pelo local.
Segundo o assistente administrativo Jovenilson Silva dos Santos, 20, quatro adolescentes roubaram sua mochila. "Eu e meu grupo deixamos as coisas no chão. Quando o papa passou, a multidão passou e eles levaram minha mochila com meu material religioso e minha carteira com R$ 250", disse ele.
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Missa de acolhida
No terceiro discurso desta quinta, o papa Francisco elogiou o comportamento dos fiéis, que mesmo com chuva e frio compareceram em grande número à Jornada Mundial da Juventude. "Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam do frio e da chuva. Vocês estão mostrando que a fé de vocês é mais forte que o frio e que a chuva. Parabéns, vocês são verdadeiros guerreiros."
Ele também citou, pela primeira vez durante sua visita ao Brasil, o papa João Paulo 2º, ao se referir à Jornada Mundial da Juventude de 1987, realizada em Buenos Aires, a primeira fora de Roma.
"Lembro-me da primeira Jornada Mundial da Juventude a nível internacional (sic). Foi celebrada em 1987 na Argentina, na minha cidade de Buenos Aires. Guardo vivas na memória estas palavras do bem-aventurado João Paulo 2º aos jovens: 'Tenho muita esperança em vocês. Espero, sobretudo, que renovem a fidelidade de vocês a Jesus Cristo e à sua cruz redentora'", declarou Francisco.
Em seguida, o pontífice homenageou a peregrina Sophie Morinière, da Guiana Francesa, morta em um acidente de ônibus quando viajava ao Brasil. "Queria lembrar o trágico acidente na Guiana Francesa, no qual a jovem Sophie Morinière perdeu a vida, e que deixou outros jovens feridos. Convido-lhes a fazer um minuto de silêncio e dirigir ao Senhor a nossa oração por Sophie, pelos feridos e pelos familiares."
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O pronunciamento foi feito diante de uma multidão de jovens que se espalharam por Copacabana, durante festa de acolhida da Jornada Mundial da Juventude. Ele chegou ao local às 17h15, vindo de helicóptero da Residência Assunção, no Sumaré, zona norte do Rio. O pontífice desembarcou no Forte de Copacabana e percorreu de papamóvel a avenida Atlântica até o Leme.
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Outro destaque do discurso foi o tom evangelizador adotado por Francisco, que fez diversas referências à Bíblia. "Olhando para este mar, para a praia e todos vocês, me vem ao pensamento o momento em que Jesus chamou os primeiros discípulos a segui-lo nas margens do lago de Tiberíades. Hoje Jesus ainda pergunta: você quer ser meu discípulo? Você quer ser meu amigo? Você quer ser testemunha do meu Evangelho?", questionou o pontífice.
"No coração do Ano da Fé, estas perguntas nos convidam a renovar o nosso compromisso de cristãos. Suas famílias e comunidades locais transmitiram a vocês o grande dom da fé; Cristo cresceu em vocês. Hoje, vim para lhes confirmar nesta fé, a fé no Cristo Vivo que mora dentro de vocês; mas vim também para ser confirmado pelo entusiasmo da fé de vocês", declarou Francisco.
O líder máximo da Igreja encerrou o discurso com novos elogios aos moradores do Rio. "Quero dizer aqui que os cariocas sabem receber bem, sabem dar uma grande acolhida."
No percurso pela avenida Atlântica, o papa bebeu um gole de chimarrão oferecido por um peregrino. No trajeto, ele acenou para os fiéis que reagiram com histeria diante do pontífice. O papamóvel parou diversas vezes durante o percurso para que o papa beijasse crianças. Em um determinado momento, ele substituiu o solidéu, uma espécie de chapéu, que estava usando por outro que ganhou de um fiel anônimo.
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