PM libera via após protesto na rua de Cabral; manifestantes continuam acampados
A Polícia Militar liberou para o trânsito os dois sentidos da avenida Delfim Moreira, no Leblon, na zona sul do Rio, na madrugada desta sexta-feira (2), depois de mais um protesto contra o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
O ato uniu moradores da Rocinha, que cobram das autoridades respostas sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, 42, os "black blocs" e manifestantes que acampam na esquina da casa do governador desde o último domingo (28). Os membros do "Ocupa Cabral" continuam no local, e se preparam para pernoitar pelo quinto dia consecutivo.
Manifestantes se preparam para passar mais uma madrugada na esquina da residência do governador Sérgio Cabral
Os jovens dormem em barracas e sacos de dormir improvisados no canteiro central da avenida Delfim Moreira. A estudante Bruna Furtado, 28, relatou ao UOL ser esta a primeira noite que ela passará junto com os integrantes do movimento.
"Espero ser mais uma mostrando a insatisfação contra o Cabral. Venho participando da maioria das manifestações. E a de hoje foi a mais tranquila no Leblon por parte da PM. Estou tranquila", disse ela, que é moradora do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade.
A liberação da avenida Delfim Moreira foi negociada pelo comandante do Grupamento de Policiamento de Proximidade de Multidões da PM, tenente-coronel Mauro Andrade. O policial afirmou aos manifestantes que eles não serão retirados do local, e orientou os jovens a ocupar o canteiro central, liberando o tráfego. Questionada sobre uma eventual ação da PM durante a madrugada, a psicóloga Dhyana Dhelomme, 35, afirmou:
"É cada vez mais difícil prever as ações da polícia. Ontem, por causa da situação no centro, pensei que pudesse acontecer alguma coisa. Sempre vem alguém dizer que vão retirar a gente daqui. A única certeza é que vamos continuar ocupando", afirmou ela, que está com o grupo desde a última segunda.
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