Colégio onde filho de PMs estudava diz que em último dia ele teve o 'mesmo jeitinho carinhoso'
A diretora do colégio Stella Rodrigues, Maristela Rodrigues, disse nesta quarta-feira (7) que o comportamento do aluno Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, suspeito de matar a família e depois se suicidar, foi "normal" na escola na segunda de manhã, dia seguinte a ter cometido os crimes, segundo a versão da polícia.
"Participou de todas as atividades propostas e teve o mesmo 'jeitinho carinhoso' com seus professores e funcionários em geral, não apresentou qualquer tipo de comportamento anormal", diz a diretora.
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Raio-x
A diretora conta que ele foi matriculado no colégio aos 5 anos, em 2006. "No ato de sua matrícula, a mãe mencionou à diretora do colégio que estava entregando em suas mãos a sua maior preciosidade, relatando que o menor sofria de uma doença degenerativa e que talvez não tivesse expectativa de vida além dos 18 anos", relata Maristela.
A diretora diz que Marcelo, desde o início de sua trajetória escolar, sempre alcançou um bom rendimento pedagógico, apresentando comportamento e atitudes normais. "Era um garoto dócil, alegre, com boas relações com os colegas e com o corpo docente do colégio", informou.
Em relação aos pais, ela conta que eles sempre foram participativos, atuantes e presentes em todas as atividades relacionadas à escola, família e aluno. "Eles acompanhavam sempre de perto seu desenvolvimento pedagógico e pessoal", conta a diretora.
Ela não acredita que Marcelo tenha cometido aos assassinatos. "É incompreensível a imputação do fato ao aluno, até mesmo pela personalidade que este apresentava dentro da escola. Não houve indícios que anunciasse nenhuma tragédia", conta a diretora.
Ela diz que o comunicado encontrado em posse do aluno, divulgado pela imprensa, foi encaminhado a todos os alunos pela secretaria do colégio, solicitando alguns documentos faltantes nos prontuários dos alunos, como certidão de nascimento, atualização de atestado para participação nas aulas de educação física e fotos atualizadas.
De acordo com Maristela, a escola se mobiliza na contratação de profissionais especializados neste tipo de situação, a fim de preparar o corpo docente e funcionários na orientação para o acolhimento de alunos e familiares no retorno às atividades escolares.
"Neste momento de profunda tristeza, o colégio e seus colaboradores estão realizando importante trabalho de orientação, acolhimento e conforto aos alunos", informa. "Por ora e até a finalização do inquérito policial, não nos pronunciaremos mais a respeito do caso para colaborar com o andamento das investigações", diz a nota.
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