Conteúdo publicado há 11 meses

Após alertas, ciclone se afasta do Sul, mas SP e RJ terão ventos fortes

O ciclone extratropical que atingiu o Sul do país nesta semana causou mortes e estragos na região, que ainda está ameaçada de inundações nos próximos dias. O fenômeno se afastou hoje em direção ao Oceano Atlântico, ainda provocando rajadas fortes de vento, em especial no Sudeste.

O que aconteceu:

O ciclone extratropical se afastou do Brasil e segue em direção ao Oceano Atlântico, segundo a Metsul Meteorologia.

Apesar disso, no Rio Grande do Sul, a Defesa Civil emitiu hoje um alerta para inundação no Médio e Baixo Uruguai, rio em elevação entre Garruchos e Uruguaiana, valido até as 10h de sábado (15). Já o Cemaden indicou risco de inundação alto na região Metropolitana de Porto Alegre e no Centro Oriental e moderado no Sudoeste do estado, devido a cheias de rios da região.

O instituto afirma ainda que o litoral de São Paulo e a costa do Rio de Janeiro devem experimentar ventos fortes até amanhã. A Climatempo aponta que ao longo do sábado o vento vai diminuir em todas as regiões.

O meteorologista Vinícius Lucyrio, da Climatempo, afirmou ser possível que outros dois ciclones extratropicais atinjam o estado nos dias 19 ou 20 e 26 de julho. Em entrevista à Rádio Gaúcha Zero Hora, ele disse que os próximos fenômenos irão acontecer mais afastados da costa e, por isso, os impactos devem ser menores.

Mortes e prejuízos

O Rio Grande do Sul contabilizou ao menos duas mortes durante a passagem do ciclone, uma em Rio Grande e outra em Lajeado. Além disso, 29 ficaram feridas, 425 desabrigadas e 433 desalojadas. A Defesa Civil estadual estima que 18 mil pessoas, em 63 municípios, tenham sido afetadas. Um município gaúcho decretou situação de emergência.

Em Santa Catarina, 80 municípios foram afetados e 10 decretaram situação de emergência. No Paraná, 20 cidades foram afetadas pela passagem do ciclone.

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O ciclone também provocou desfechos trágicos indiretamente. No Rio Grande (RS), três pessoas morreram em um incêndio na tarde de quinta (13): uma mulher de 27 anos, seu filho e um vizinho, ambos de 2 anos. O fogo teria sido causado por uma vela, já que a residência estaria sem energia elétrica devido à passagem do ciclone. A Defesa Civil estadual, entretanto, não contabiliza estas mortes como causadas pelo evento climático.

Um homem de 40 anos morreu após ser atingido por uma árvore em Brusque (SC). Em São Paulo, uma mulher morreu atingida por um tronco de árvore, em São José dos Campos, e outra foi eletrocutada em Itanhaém (SP), após fios elétricos serem derrubados pela queda de galhos.

Caminhões balançaram lateralmente por causa das fortes rajadas de vento na Serra do Rio do Rastro, trecho da rodovia SC-390. No Paraná, quase mil passageiros ficaram presos em um trem por cerca de 10h na quinta, "com vista para um precipício", conta uma passageira.

Fim de semana frio após o medo em estado mais afetado

Em Santa Catarina, não há alertas até a noite desta sexta. A Defesa Civil prevê um final de semana com tempo aberto, com poucas nuvens e sensação de frio, graças a um sistema de alta pressão, e nevoeiros nas primeiras horas do dia.

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As temperaturas mínimas podem ficar abaixo de 0ºC em Grande Oeste, Planalto e Alto Vale do Itajai, onde há risco de geadas.

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