Ministro diz que resgates foram encerrados no Irã e aponta 227 mortos após terremotos
As equipes de resgate iranianas encerraram neste domingo (12) as operações de resgate nas áreas devastadas pelos dois terremotos de sábado. Em entrevista a uma TV estatal, o ministro do Interior, Mostapha Najar deu números revisados da tragédia que atingiu o país.
"Infelizmente, temos 227 mortos e 1.380 feridos", disse Najar ao canal estatal. "Os feridos estão sendo transferidos para os hospitais de Tabriz e da região".
Algumas horas antes, as autoridades iranianas haviam divulgado um balanço de 250 mortos e 2.000 feridos. Os números ainda são conflitantes, com agências iranianas informando a existência de 300 mortos.
"As operações de resgate terminaram. Não há ninguém entre os escombros", afirmou Hasan Ghadami, diretor da célula de crise do ministério do Interior.
O diretor disse ainda esperar que o número de mortos não aumente, por causa dos feridos graves que foram encaminhados aos hospitais.
Os terremotos de sábado aconteceram com apenas 10 minutos de intervalo na região de Varzeghan, a 60 km de Tabriz, noroeste do Irã.
O primeiro terremoto, de magnitude 6.2 e com epicentro em Ahar, foi registrado às 16h53 (9h23 de Brasília). O segundo aconteceu pouco depois em Varzeghan, às 17h04 (9h34 de Brasília), com magnitude 6. Também a intensidade dos tremores apresentam números diferentes, conforme a fonte. O Centro Geológico dos Estados Unidos apontou magnitude 6.3 e 6.4 para os dois terremotos.
Os epicentros foram registrados a 10 quilômetros de profundidade. Mais de 80 tremores secundários foram registrados na região, que tem mais de 16.000 desabrigados.
A área da catástrofe tem uma população de 128.500 pessoas, a grande maioria vivendo em pouco mais de 530 vilarejos.
Em Bajeh-Bakh, com pouco mais de 400 habitantes, 33 pessoas morreram, a maioria crianças e mulheres.
Os moradores procuravam sobreviventes em meio ao desespero.
No vilarejo de Mirza Ali Ghandi, Zeynab, uma adolescente de 13 anos conta que perdeu a irmã mais velha de 16 anos e o irmão de 8 anos.
O ministro do Interior, Mohamad Najar, visitou a área devastada neste domingo com a ministra da Saúde e o diretor do Crescente Vermelho por ordem do presidente Mahmud Ahmadinejad "para avaliar a situação e organizar as operações", segundo a agência Mehr.
As equipes de resgate e o Crescente Vermelho distribuíram barracas, cobertores, roupas, alimentos e água aos afetados.
A maioria dos homens trabalhava no campo no momento da catástrofe, mas as mulheres e crianças estavam dentro de casa e foram as grandes vítimas da tragédia.
Em Tabriz, uma cidade de 1,5 milhão de habitantes, os danos foram apenas materiais, de acordo com as autoridades.
O Irã está situado sobre falhas geológicas importantes e sofreu terremotos devastadores ao longo de sua história. O mais importante dos últimos anos, em dezembro de 2003, matou 31.000 pessoas em Bam (sul), 25% da população da cidade.
(Com AFP e Al Jazeera)
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