Protestos contra filme que ofende Maomé deixam um morto no Paquistão
Um homem morreu nesta sexta-feira (21) em Peshawar, no Paquistão, após ser baleado pela polícia durante uma manifestação em protesto contra o filme norte-americano “A Inocência dos Muçulmanos”, considerado ofensivo ao profeta Maomé.
Segundo informações da agência Efe, a vítima seria Mohammed Ahmed, motorista da rede de televisão paquistanesa “Ary”, que teria sido atingido quando estava a serviço da empresa, cobrindo o protesto.
De acordo com a própria emissora, o motorista foi levado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia, no entanto, confirma a morte do motorista, mas nega que o tiro tenha partido de um policial.
Nesta sexta-feira (21), dia em que os islâmicos celebram o dia da “expressão de amor” a Maomé, milhares de paquistaneses saíram às ruas para protestar contra o vídeo anti-islã.
Segundo a agência Efe, as forças de segurança paquistanesas em estado de alerta diante da previsão de mais manifestações no país.
De acordo com a polícia, reforços policiais foram deslocados para os principais pontos da capital e nos arredores das embaixadas-- que nesta quinta-feira (20) tiveram que ser protegidas por tropas do exército.
Em um discurso televisionado nesta sexta-feira (21), o primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, pediu a seus compatriotas que protestem de forma pacífica.
Cinemas incendiados
Pouco antes das 12h (hora local), as cenas de maior tensão ocorreram nas cidades de Rawalpindi, vizinha à capital, e em Peshawar, onde cerca de 250 pessoas atacaram e incendiaram dois cinemas.
Segundo a agência AFP, pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, uma delas por um tiro disparado por um segurança de um dos cinemas, que abriu fogo quando os manifestantes saquearam e colocaram fogo na sala.
Além de Peshawar, a cidade de Rawalpindi, vizinha a Islamabad, também foi cenário de protestos e as forças de segurança tiveram que conter os manifestantes.
Em Islamabad, a polícia espera que ocorram manifestações contra o vídeo produzido nos EUA e considerado ofensivo ao profeta Maomé durante a tarde.
(com Efe e AFP)
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