Ditador norte-coreano comemora aniversário com ex-astro da NBA e jogo de basquete
O ditador norte-coreano Kim Jong-un comemora nesta quarta-feira (8) seu aniversário de 31 anos. Quer dizer, o regime vigente no país é tão fechado que existe a possibilidade de o líder comunista estar fazendo 32 anos. Enfim, o que se sabe sobre a "celebração" é que seu grande presente neste ano foi uma partida de basquete com ex-jogadores da NBA, a liga norte-americana, liderados pelo controverso astro Dennis Rodman.
Além da partida, Kim comemora seu aniversário da mesma maneira que seu pai, Kim Jong-il, fazia: com uma grande parada militar e dando um quilo de doces para cada criança norte-coreana com menos de dez anos, uma tradição iniciada por seu avô, Kim Il-sung.
A partida da basquete, chamada de "Big Bang em Pyongyang", começou com Rodman puxando um "Parabéns pra Você" especial para Kim.
"Começou de maneira surreal, com poucas pessoas cantando junto", contou o guia Simon Cockrell que assistiu à partida em Pyongyang. "Foi inesperado e, provavelmente, não havia sido planejado."
Cockrell, que levou um grupo de turistas à partida, contou à Reuters que os espectadores levantaram e aplaudiram Kim por seis minutos quando o ditador entrou no ginásio ao lado da mulher.
Segundo relatos, o time de veteranos americanos enfrentou uma equipe de norte-coreanos. No entanto, no segundo tempo da partida, os dois times se misturaram.
Rodman estabeleceu uma relação de amizade com Kim Jong Un após suas três viagens anteriores a Pyongyang. Em uma tensa entrevista exibida na terça-feira (7) ao vivo pela emissora americana "CNN", o jogador afirmou na capital norte-coreana que sua iniciativa chamada de "diplomacia do basquete" é "uma grande ideia para o mundo".
Na entrevista, que terminou aos gritos, Rodman foi perguntado se falaria em nome da família do americano de origem sul-coreana Kenneth Bae, preso na Coreia do Norte desde 2012. Rodman respondeu insinuando que a prisão do cidadão foi justificada.
Por outro lado, a Casa Branca e o Departamento de Estado negaram qualquer ligação com a viagem da comitiva de Dennis Rodman, que classificaram como "privada" e insistiram que seus integrantes não estão representando os Estados Unidos.
Aniversário
Em 2013, o aniversário do líder passou praticamente despercebido nos meios de comunicação da Coreia do Norte, um país caracterizado por cultuar ao extremo a personalidade de seus dirigentes. No entanto, segundo o jornal "Washington Post", Kim teria presenteado seus assessores mais próximos com uma cópia do livro "Minha Luta", do ditador nazista Adolf Hitler.
Em um vídeo irônico, o jornal britânico "The Telegraph" especulou como seria a festa de aniversário de Kim e, em tom jocoso, afirmou que o ditador não deve ter convidado parentes. No último dia 13 de dezembro, Kim ordenou a execução de seu tio Jang Song-thaek, acusado de ter traído o regime.
Segundo uma fonte do governo sul-coreano, Kim Kyong-hui, tia de Kim e viúva de Jang Song-thaek, se encontra em estado crítico.
A fonte sul-coreana que não quis se identificar relatou à Agência local Yonhap que a tia do líder "se encontra em estado crítico" devido a problemas cardíacos que já haviam piorado pelo alcoolismo.
Segundo outra fonte de Seul citada pela agência, Kim Kyong-hui teria visitado Cingapura em 2010 para receber tratamento médico.
A última vez que a tia paterna de Kim Jong Un foi vista em público no dia 9 de setembro durante uma parada militar. Kim Kyong-hui era irmã do ditador Kim Jong-il, que morreu em 2011 devido a um ataque cardíaco deixando abertas as portas do poder para o jovem Kim Jong-un. (Com agências internacionais)
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