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Malaysia Airlines confirma 298 pessoas a bordo de avião abatido; 3 são crianças

Do UOL, em São Paulo

17/07/2014 21h07Atualizada em 17/07/2014 21h35

Na da noite desta quinta-feira (17), a Malaysia Airlines confirmou, em seu site oficial, 298 pessoas a bordo do voo MH17, que foi abatido por um míssil terra-ar e caiu na Ucrânia. Ao todo, eram 283 passageiros --sendo três crianças-- mais 15 tripulantes.

Entre as nacionalidades, estavam 154 holandeses, 45 malasianos (sendo 15 da tripulação mais duas crianças), 27 australianos, 12 indonésios (sendo uma criança), nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense. Outros 41 passageiros ainda não tiveram a nacionalidade divulgada. Anteriormente, o número de vítimas divulgado foi de 295.

Boa parte dos passageiros estava a caminho da 20ª Conferência Internacional de Aids, a ser realizada em Melbourne, na Austrália. A Sociedade Internacional de Aids lamentou o ocorrido. "Neste momento incrivelmente triste e sensível o IAS [sigla em inglês] está com a nossa família internacional e envia condolências aos familiares daqueles que morreram nesta tragédia."

O voo MH17 ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e voava a 10 mil metros quando caiu. O voo teria duração de 11h55 minutos e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros. A Malaysia Airlines perdeu contato com a aeronave às 11h15 (horário de Brasília), e que sua última posição foi registrada no espaço aéreo ucraniano, a 30 km de Tamak.

Oficiais de defesa da Ucrânia disseram que o trabalho na região de Donetsk, onde o avião caiu, é difícil em razão dos destroços espalhados por áreas extensas. As buscas também são dificultadas pela presença de terroristas armados na região. 

O ministro da Justiça e Defesa holandês, Ivo Opstelten, disse em comunicado que está "profundamente chocado" com o acidente. "Meus pensamentos estão com as famílias e amigos daqueles que estavam no avião", escreveu. Opstelten destacou que o governo holandês criará um número de emergência para que as famílias das vítimas possam buscar informações.

Disparo

A informação de que um míssil abateu a aeronave foi confirmada por agências de inteligência dos Estados Unidos. A autoria do disparo ainda é investigada, mas separatistas russos são os principais suspeitos.

Um sistema de radar identificou um míssil terra-ar ser disparado e ir em direção ao avião comercial, pouco antes de a aeronave cair. Um segundo sistema de radar identificou o rastro de calor do míssil no momento em que o Boeing 777 foi atingido. A trajetória do míssil está sendo analisada para que seja possível determinar a autoria do disparo.

Separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia já derrubaram ao menos dez aeronaves na região. A lista inclui helicópteros militares, aviões de transporte do Exército e caças da força aérea. O local é palco de conflitos entre o Exército ucraniano e os rebeldes há meses, desde que o ex-presidente do país Viktor Yanukovich foi deposto em fevereiro deste ano.

Trajeto do voo MH17 - Arte/UOL - Arte/UOL
Voo ia de Amsterdã (Holanda) para Kuala Lumpur (Malásia)
Imagem: Arte/UOL