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Ataque a museu do Parlamento na Tunísia deixa 22 mortos

Do UOL, em São Paulo

18/03/2015 10h21Atualizada em 19/03/2015 07h49

Homens armados atacaram o complexo de edifícios do Parlamento da Tunísia nesta quarta-feira (18), matando ao menos 20 turistas estrangeiros e 2 tunisianos --um policial e um civil-- em um museu, informou o premiê Habid Essid.

Dois terroristas foram mortos pelas forças de segurança, mas outros três conseguiram fugir e estão à solta, afirmou Essid.

Este ataque terrorista, segundo o ministério do Interior, afeta o país pioneiro da Primavera Árabe que, ao contrário dos demais Estados que viveram movimentos contestatórios em 2011, conseguiu escapar até então da onda de violência ou de repressão.

"A operação terminou", anunciou o porta-voz do ministério Mohamed Ali Arui às 12h de Brasília, quatro horas após o início da crise. "São 22 mortos, sendo 20 turistas de nacionalidades sul-africana, francesa, colombiana, polonesa e italiana", afirmou à imprensa Ali Arui.

Segundo o primeiro-ministro, a polícia procura dois ou três cúmplices do ataque. "Há a possibilidade, mas não a certeza, [de que os dois agressores mortos] foram ajudados por dois ou três elementos, e nós lançamos vastas operações para identificar esses terroristas", indicou.

De acordo com Arui, "há 42 feridos, incluindo italianos, franceses, belgas e um russo".

O ataque

No momento do ataque, os parlamentares estavam discutindo um novo pacote de leis antiterrorismo. Depois do incidente, o Parlamento foi esvaziado.

"Eles entraram no museu disfarçados de soldados", disse um porta-voz do Ministério do Interior, Mohamad Ali Aroui.

Havia bastante turistas estrangeiros no local no momento do ataque. Pelo menos dois navios de cruzeiro estavam no porto de Túnis. 

As Forças Armadas da Tunísia vêm combatendo militantes islamistas que emergiram no país depois do levante contra o governo autocrata de Zine El Abidine Ben Ali, em 2011.

Além disso, vários milhares de tunisianos deixaram o país para lutar ao lado dos grupos militantes na Síria, Iraque e Líbia, e o governo teme que, ao retornarem, esses jihadistas que realizam ataques na Tunísia.

O museu abriga uma famosa coleções de antiguidades e é considerado uma das maiores atrações turística do país norte-africano. (Com agências internacionais e a BBC Brasil)