De 2004 e 2013, 326,5 mil morreram por armas de fogo nos EUA; terrorismo matou 313

Em seu discurso após o ataque contra uma universidade no Oregon, que deixou nove mortos, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que os massacres com armas de fogo estavam virando rotina e pediu que a imprensa calculasse o número de americanos mortos em atentados terroristas na última década e o comparasse com o número de mortos por armas de fogo. A emissora americana CNN fez a conta, e o número assusta: entre 2004 e 2013, 326.545 pessoas morreram por disparos de armas de fogo; no mesmo período, 313 americanos morreram em atentados considerados terrorismo.

A CNN usou como base os dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças para calcular o número de vítimas de armas (2013 é o último ano cujos dados foram disponibilizados, já que os dados de 2014 ainda não foram liberados). Entre as vítimas, foram contabilizados os casos de homicídio, suicídio e acidentes com armas.

Os números de vítimas de terrorismo tiveram como base os dados do Departamento de Estado. Segundo o levantamento da CNN, 277 americanos morreram em atentados terroristas fora do território americano; dentro do país, 36 pessoas foram vítimas de atos de terror domésticos.

Quando é feita a soma dos dados coletados entre 2001 e 2013 (incluindo as vítimas do 11 de Setembro), o número de mortos por terrorismo chega a 3.380, ainda bem distante dos 406.496 mortos por armas de fogo no mesmo período.

A ONG Everytown for Gun Safety, crítica das leis atuais para armas de fogo nos EUA, estima que 88 pessoas morram em incidentes com armas por dia no país –na média anual, o número de mortos passa de 32 mil (com base nos dados de 2013). Ainda segundo o cálculo da ONG, sete crianças e menores de 19 anos são mortos por armas no país por dia.