Reino Unido suspeita de bomba em avião russo e suspende voos ao Sinai
O governo do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (4) que foram adiados os voos procedentes da cidade egípcia de Sharm el-Sheikh rumo ao país devido à suspeita de que o avião russo que caiu no sábado com 224 pessoas a bordo na Península do Sinai foi derrubado por uma "bomba".
"Enquanto a investigação está em andamento, não podemos dizer categoricamente por que a aeronave russa caiu, mas à medida em que foram reveladas mais informações, passamos a nos sentir mais preocupados com a possibilidade de que o avião foi derrubado por uma bomba", afirmou um porta-voz de Downing Street.
"O avião pode ter sido derrubado por um artefato explosivo", disse um porta-voz do governo, antes de anunciar a decisão de "adiar os voos que tinham que vir esta noite de Sharm el Sheikh".
Especialistas em aviação estão viajando ao Egito para fazer uma avaliação das medidas de segurança no aeroporto de Sharm e esperam concluir um inquérito ainda nesta quarta-feira à noite.
O governo britânico reconheceu que este aviso "pode causar preocupação" aos britânicos que já estão na estância de férias e para aqueles que ainda pretendem viajar. É aconselhável contatar as companhias aéreas ou agências de turismo.
Funcionários do consulado britânico foram enviados para o aeroporto no Egito.
O correspondente da BBC Christian Fraser diz que há cerca de 2.000 turistas britânicos atualmente em Sharm el Sheikh. Dois voos estão programados para deixar o aeroporto de Gatwick, em Londres, rumo ao resort nesta quinta-feira (5) de manhã.
Investigação
De acordo com uma fonte egípcia, a queda do avião parece ter sido causada por uma explosão, mas não está claro se está ligada ao combustível, problemas no motor ou bomba. "Acredita-se que foi uma explosão, mas o tipo não está claro. Está sendo feita uma análise da areia no local do acidente para tentar determinar se foi uma bomba", afirmou a fonte à Reuters.
"Há investigações forenses em andamento no local do acidente. Isso vai ajudar a determinar a causa, para ver se os vestígios de explosivos são encontrados." O Egito rejeitou as alegações do Estado Islâmico de que o grupo rebelde derrubou o avião com 224 passageiros e tripulantes a bordo.
O Ministério da Aviação do país afirmou anteriormente que o gravador de voz do avião estava parcialmente danificado, mas que os dados da caixa-preta foram extraídos e validados e que estavam sendo analisados.
O voo 9268 da Kogalymavia, que ia de Sharm el Sheikh, no Egito, a São Petersburgo, na Rússia, levava 224 pessoas a bordo, incluindo 17 crianças. Todas morreram na tragédia. Na última terça-feira (3), os serviços secretos norte-americanos já haviam revelado que um lampejo de calor e um aumento de temperatura foram captados no ar, instantes antes da queda. Isso significa que foi excluída a hipótese de que o Airbus tenha sido derrubado por um míssil. (Com agências internacionais e BBC)
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