Brasileira ferida em Paris agradece apoio e diz se sentir melhor a cada dia
A brasileira Camila Issa, 29, que foi ferida no restaurante Le Petit Cambodge, em Paris, durante os ataques em série do último dia 13, divulgou uma mensagem em que fala sobre sua recuperação física e psicológica após sobreviver ao atentado.
Camila, que teria sofrido tiros de raspão, estava no mesmo restaurante que o arquiteto brasileiro Gabriel Sepe Camargo, também de 29 anos, baleado no pulmão direito e na perna. Ambos continuam hospitalizados na capital francesa. Além deles, o estudante franco-brasileiro Nicolas Lafargue, 22, nascido na Guiana Francesa, escapou do ataque à casa de shows Bataclan com ferimentos na cabeça.
Na mensagem de Camila, cujo áudio foi parcialmente divulgado pelo programa Fantástico (TV Globo), neste domingo (22), Camila diz que se sente melhor a cada dia e que está submetida a um “longo e cuidadoso” tratamento, apesar de sua vida não ter ficado em risco. Ela agradece o apoio de “amigos, familiares, profissionais da saúde e até mesmo desconhecidos”, o que ela classifica como “fundamental” para sua recuperação.
“Diante de uma cena de tanto terror e violência, este verdadeiro batalhão que me deu atenção e carinho, esta verdadeira rede de solidariedade que se formou, eles me mostraram, acima de tudo, que é o amor que faz tudo valer a pena. Para mim, o poder da vida vence sempre”, diz Camila.
Leia o depoimento da brasileira, na íntegra:
“Eu gostaria, em primeiro lugar, de agradecer todas essas manifestações de carinho e união. Sem toda essa corrente, que foi formada no Brasil e na França, eu jamais poderia me encontrar como estou hoje, em um quadro estável. O susto passou, este primeiro momento ficou para trás. Eu fui atingida durante o atentado ao restaurante Petit Cambodge, em Paris. Os ferimentos à bala não colocaram a minha vida em risco. Esses machucados, no entanto, foram graves e requerem um longo e cuidadoso tratamento. Trata-se de um processo em que devemos pensar em um dia após o outro. E a cada dia, de fato, eu me sinto melhor.
Desde o começo, um círculo muito forte foi formado ao meu redor, de amigos, familiares, profissionais da saúde e até mesmo desconhecidos, e isso foi fundamental tanto para a minha recuperação física como para minha estabilidade psicológica. Diante de uma cena de tanto terror e violência, este verdadeiro batalhão que me deu atenção e carinho, esta verdadeira rede de solidariedade que se formou, eles me mostraram, acima de tudo, que é o amor que faz tudo valer a pena. Para mim, o poder da vida vence sempre.”
Camila Issa, novembro de 2015
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