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Quem é o indicado de Trump ao FBI e por que anúncio causou polêmica nos EUA

O presidente eleito Donald Trump indicou Kash Patel para liderar o FBI, a polícia federal norte-americana. O anúncio realizado ontem, porém, causou polêmica nos Estados Unidos.

O que aconteceu

Regra do FBI pode atrapalhar nomeação. Nomeado por Trump em 2017, o atual chefe da agência, Christopher Wray, ficaria, conforme a lei, por 10 anos no cargo —a legislação tem como objetivo deixar o FBI "isolado" da política e sem interferência do presidente.

Possível resistência no Congresso. A nomeação de Patel provavelmente atrairá resistência dos democratas do Senado e possivelmente até de alguns republicanos, embora Patel tenha recebido apoio público de alguns republicanos de destaque, como o procurador-geral do Texas, Ken Paxton.

A CNN norte-americana e o New York Times colocam Patel como um "incendiário" e informam que, pelo seu perfil, pode enfrentar o Congresso para conseguir o cargo. A emissora de TV cita que Matt Gaetz desistiu de ser procurador-geral justamente por não ter apoio necessário dos congressistas, enquanto esse cenário adverso pode ser encarado por Patel.

Busca na propriedade de Trump com o atual chefe do FBI. No mandato de Wray, o FBI realizou uma busca aprovada pelo tribunal em Mar-a-Lago, um dos imóveis de Trump, para procurar documentos confidenciais. Esse foi um dos motivos para o presidente eleito buscar a nomeação de um aliado para comandar a polícia federal dos EUA.

Patel trabalhou no primeiro mandato de Trump. Ele aconselhou tanto o diretor de inteligência nacional como o secretário de defesa.

Ele criticou funcionários do FBI. Patel já pediu a retirada da agência da sua função de recolher informações e quis a expulsão de funcionários que recusassem apoiar a agenda de Trump.

Acesso aos registros presidenciais confidenciais do primeiro mandato. Depois que o presidente deixou o cargo em janeiro de 2021, Patel foi uma das várias pessoas designadas por Trump como representante para acesso aos seus registros presidenciais. Ele foi um dos poucos ex-funcionários do governo Trump que alegou, sem provas, que o ex-presidente havia tirado a classificação de confidencial dos registros em questão.

Patel escreveu um livro chamado "Government Gangsters" (Gangsters do governo, em tradução livre). Trump declarou em 2023 que a publicação seria usada como um "roteiro para acabar com o reinado do Estado Profundo".

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