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EUA vão enviar cerca de 3 mil soldados para o Oriente Médio, diz site

Após morte do general, iranianos vão às ruas protestar contra os EUA

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo

03/01/2020 15h51Atualizada em 03/01/2020 17h30

Resumo da notícia

  • Segundo a rede CNN, oficial da Defesa dos EUA confirmou a informação sob anonimato
  • Soldados vão se juntar a outros 750 militares deslocados para a embaixada dos EUA em Bagdá nos últimos dias
  • Ataque de drone que matou general do Irã foi coordenado pelo governo americano
  • Trump diz que oficial iraniano foi responsável pela morte de milhares de americanos e manifestantes no Irã

Em meio às tensões envolvendo o ataque aéreo que matou o comandante da força Quds do Irã, Qasem Soleimani, os EUA decidiram enviar tropas adicionais com cerca de 3.000 soldados para o Oriente Médio.

Segundo informações da rede de TV CNN, um oficial da Defesa dos EUA confirmou a informação sob anonimato. Até o momento, as tropas escaladas haviam sido colocadas em "ordens de preparação" e seriam enviadas ao local se a situação se agravasse.

Esses soldados vão se juntar a outros 750 militares que já foram deslocados para a embaixada dos EUA em Bagdá nos últimos dias.

Ainda na manhã de hoje, o presidente dos EUA, Donald Trump, usou o Twitter para se manifestar em relação ao ataque. O republicano afirmou que Soleimani "foi responsável pela morte de milhares de americanos e manifestantes no Irã". Antes, ele havia apenas publicado a bandeira dos EUA.

Ataque dos EUA mata general iraniano em Bagdá

AFP

Ordens de Trump

O Pentágono confirmou que o ataque aconteceu "sob ordens do presidente" Donald Trump. "Os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani", afirmou em nota.

"Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses, onde quer que estejam ao redor do mundo", concluiu.

Quem era Soleimani

O general Soleimani, 62 anos, liderava a força Al-Quds dos Guardiões da Revolução, encarregada das operações no exterior. Era visto como um herói no Irã e exercia um papel-chave nas negociações políticas para formar um governo no Iraque.

Soleimani, um dos principais personagens do combate às forças jihadistas na região, tinha uma atuação fundamental no reforço da influência diplomática de Teerã no Oriente Médio, especialmente no Iraque e na Síria.

Após se manter discreto durante décadas, Soleimani começou a aparecer nas manchetes dos jornais depois do início da guerra na Síria, em 2011, onde o Irã apoia o regime do presidente Bashar al Assad.