Topo

Esse conteúdo é antigo

'Ninguém deveria morrer sob custódia policial', diz filha de Daniel Prude

Desarmado, Daniel Prude morreu depois de ser algemado e encapuzado por policiais na cidade de Rochester. - WE THE PEOPLE/GOFUNDME
Desarmado, Daniel Prude morreu depois de ser algemado e encapuzado por policiais na cidade de Rochester. Imagem: WE THE PEOPLE/GOFUNDME

Do UOL, em São Paulo

03/09/2020 15h51

A filha da Daniel Prude, mais um homem negro morto em abordagem policial nos Estados Unidos, gravou hoje um vídeo pedindo justiça pelo pai. O caso aconteceu há seis meses, em Nova York, mas apenas ontem veio à tona o vídeo em que Prude aparece nu, com o rosto coberto por um capuz e cercado de policiais enquanto permanece deitado no asfalto, enquanto neva.

"Ninguém deve morrer quando está precisando de ajuda. Ninguém deve morrer sob custódia policial. A polícia está ai para proteger e servir, não matar", diz Tashyra Prude, em vídeo. "Nunca pensei que veria meu pai daquele jeito. E até hoje, eu estou esperando ele me ligar e dizer 'estou indo para casa, estou indo te buscar'. Saber que nunca terei isso parte meu coração".

No vídeo, Daniel Prude é algemado enquanto está nu, deitado no chão. Ele aparece pedindo socorro depois de ter o rosto coberto por uma espécie de touca branca — segundo policiais, o item foi usado para evitar contaminação por coronavírus, porque Prude estava cuspindo, alega a polícia.

Um policial pressiona o rosto dele por cerca de dois minutos contra o asfalto. Em determinado momento, o homem para de se mexer, um policial tenta reanimá-lo e, por fim, ele é levado em uma ambulância. Prude morreu sete dias mais tarde. O laudo médico alega asfixia.

A promotoria de Nova York investiga o caso.

Daniel Prude é asfixiado por policiais nos Estados Unidos no dia 23 de março de 2020 - Reprodução/Band - Reprodução/Band
Daniel Prude é asfixiado por policiais nos Estados Unidos no dia 23 de março de 2020
Imagem: Reprodução/Band