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Ilhas Faroé cedem e vão reavaliar regra que libera matança de golfinhos

Cena do documentário "The Cove" (2009) que retratou tradicional caça de golfinhos em Taiji, Japão - Reprodução/Youtube
Cena do documentário "The Cove" (2009) que retratou tradicional caça de golfinhos em Taiji, Japão Imagem: Reprodução/Youtube

Do UOL, em São Paulo*

20/09/2021 11h39Atualizada em 20/09/2021 19h30

O governo das Ilhas Faroé, um território autônomo da Dinamarca, situado no Mar do Norte, anunciou que está avaliando a regulação da caça de golfinhos depois que o massacre recente de mais de 1.400 cetáceos causou comoção.

"O governo decidiu implantar uma avaliação da regulação da captura dos golfinhos-de-laterais-brancas-do-atlântico", disse o primeiro-ministro, Bárdur á Steig Nielsen, em um comunicado.

"Embora estas caçadas sejam consideradas sustentáveis, vamos examinar atentamente as caçadas de golfinhos e o papel que devem desempenhar na sociedade feroesa", acrescentou.

O "grind" ou "grindadrap", uma tradição ancestral das Ilhas Feroe, consiste em cercar com embarcações um grupo de mamíferos em uma baía. Em seguida, os pescadores, que permanecem em terra, os matam a facadas e sua carne é destinada ao consumo.

Os animais abatidos costumam ser baleias-piloto. Mas no domingo, foram capturados desta forma mais de 1.420 golfinhos-de-laterais-brancas, cuja caça também é autorizada, em um fiorde próximo a Skala, no centro do arquipélago.

Em média, a cada ano são capturados cerca de 600 cetáceos nas Ilhas Feroe.

A ONG ambientalista Sea Shepherd, que há anos luta contra o "grind", denunciou um "ataque à natureza".

"Se aprendemos algo com esta pandemia é que devemos viver em harmonia com a natureza ao invés de destruí-la", disse o diretor-geral da organização, Alex Cornelissen, em um comunicado.

*Com informações da AFP

Errata: este conteúdo foi atualizado
A caça acontece nas ilhas Faroé, não Feroe - como redigido anteriormente