Marina Silva diz que não faz oposição a Dilma, mas é crítica em relação às decisões sobre o Código Florestal
A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou, nesta sexta-feira (1º), sua insatisfação com a decisão do governo federal em relação ao novo Código Florestal. Ela participou do seminário "Energia limpa: oportunidades e desafios para o Brasil", promovido pela Thomson Reuters Foundation e transmitido ao vivo pelo UOL.
"Não tenho uma atitude de oposição à presidente Dilma. Acho que é válido o esforço que [o governo dela] vem fazendo na política social e econômica, mas não posso deixar de ter um papel de crítica em relação às políticas ambientais".
Ela lamentou que as diversas manifestações feitas à presidente pedindo que ela vetasse propostas sugeridas pela bancada ruralista da Câmara dos Deputados não tenha sido suficiente para convencê-la. "Acho que o governo da presidente Dilma foi o que mais recebeu apoio da população. E não foi nada agressivo. As pessoas fizeram até serenata para ela", disse.
Rio+20
Marina demonstrou preocupação em relação ao rumo que as políticas públicas podem tomar após a conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável, a Rio+20, que começa em 13 de junho no Rio de Janeiro. "Ganhamos tempo para atravessar a Rio+20. Depois disso, sabe-se Deus o que pode acontecer. Estou temendo pelo que está acontecendo no Brasil", lamentou.
Entretanto, a ex-ministra se mostrou otimista, e disse que ainda espera que alguns aspectos do Código Florestal possam ser revertidos. "A esperança é a única que não deve morrer".
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