Delegações da Rio+20 preferem piscina a conhecer praias e vida noturna carioca
A paisagem carioca serve de moldura para as negociações da Rio+20, que ocorre até o dia 22 de junho, no Rio de Janeiro. Mas muitos integrantes da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável estão vendo só de longe o cenário tropical da cidade, seja da janela do quarto, do carro ou dos salões de convenção.
Mas, como em todo evento internacional com delegações numerosas, há muitos integrantes sem papel definido nas reuniões e negociações e que podem, portanto, aproveitar os encantos locais. E a maioria deles está na zona sul da capital fluminense, nos famosos bairros de Copacabana, Leblon e Ipanema.
Os visitantes ociosos, porém, estão escolhendo a piscina do hotel a passear pelas praias e pela intensa vida noturna da cidade. Segundo funcionários de hotéis de Copacabana ouvidos pela reportagem do UOL, os delegados estrangeiros preferem a segurança da piscina.
“Até agora só veio à praia uma moça loira de uma delegação. Ela entrou no mar, se secou e foi embora. Foram cinco minutos e só”, afirmou Maximialino da Silva, segurança do hotel Porto Bay que cuida dos guarda-sóis na areia.
Perto dali, no hotel Marriot, estão hospedadas as delegações do Qatar e da Tailândia. Alguns representantes tailandeses ainda passeiam de terno pelo calçadão com suas credenciais penduradas no pescoço, mas os enviados do Qatar só saem do hotel motorizados e escoltados por seguranças.
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Por estar instalada no Aterro do Flamengo , a Cúpula dos Povos, um dos maiores eventos paralelos à Rio+20, tem um ambiente mais relaxado.
Muitos ativistas dividem o tempo entre as palestras e manifestações dali e a areia da baía de Guanabara logo ao lado. Já um grupo de universitários do Paraná preferiu olhar o pôr-do-sol de Copacabana à programação ecológica.
Na vida noturna, os integrantes da Cúpula dos Povos marcam mais presença do que os da Rio+20. Do Rio Grande do Sul, a bióloga Angela Peter e a arquiteta Fernanda Spier, aproveitaram a agitação do bairro da Lapa com seus bares lotados. “Acho que dá para perder a programação de amanhã de manhã e curtir a noitada”, brincou Spier.
Em um bar vizinho, o ativista norte-americano George Smith não parecia tão animado e bocejava entre um gole e outra de chopp. “É bom conhecer a vida noturna de uma cidade. O problema é que a programação da conferência é intensa e tenho que acordar cedo”, explica.
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