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Maior grileiro da Amazônia pode pegar 46 anos de prisão

Ezequiel Antônio Castanha (centro), acusado de liderar uma quadrilha que desmatou milhares de quilômetros quadrados de floresta amazônica, é preso em operação conjunta do Ibama, da Polícia Federal e com apoio da Força de Segurança Nacional - Juliano Simionato/Folha Progresso/Reuters
Ezequiel Antônio Castanha (centro), acusado de liderar uma quadrilha que desmatou milhares de quilômetros quadrados de floresta amazônica, é preso em operação conjunta do Ibama, da Polícia Federal e com apoio da Força de Segurança Nacional Imagem: Juliano Simionato/Folha Progresso/Reuters

Da Deutsche Welle

25/02/2015 15h50

Considerado o maior desmatador da Amazônia, o grileiro Ezequiel Antônio Castanha poderá pegar mais de 46 anos de prisão por vários crimes, entre eles invasão de terras públicas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, além de crimes ambientais.

Preso desde o último sábado (21), Castanha é apontado como líder da maior quadrilha de devastadores de área verde na região, responsável por 20% do desmatamento da Amazônia.

Ela atuava nos municípios paraenses de Nova Progresso, Itaituba e Altamira. Estima-se que o prejuízo ambiental causado pelos crimes dos quais é acusado alcance R$ 540 milhões.

O grileiro atuava invadindo terras da União, promovendo o desmatamento e comercializando ilegalmente os terrenos. Segundo a Polícia Federal, ele loteava as terras públicas e as negociava com pecuaristas da Amazônia e investidores das regiões Sul e Sudeste.

Lotes chegaram a ser vendidos por R$ 20 milhões. O Ibama calcula que somente a dívida do grileiro e de seu núcleo familiar possa chegar a R$ 47 milhões.

Castanha foi detido em Itaituba, no Pará, dentro da Operação Castanheira, que desarticulou a maior quadrilha de grileiros que atuava na região. A operação foi deflagrada pelo Ibama, Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia Federal.