Pré-candidato Wilson Witzel defende o fim da Secretaria de Segurança do Rio

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

O pré-candidato do PSC ao governo do estado do Rio de Janeiro, o juiz federal Wilson Witzel, defendeu nesta segunda-feira (4) a extinção da Secretaria de Estado de Segurança Pública e a criação, no seu lugar, de um gabinete ligado ao governador, com interlocução direta com as polícias Civil e Militar.

Em sabatina promovida por UOL, "Folha de S.Paulo" e SBT, Witzel também criticou a intervenção federal no Rio e disse que o modelo de enfrentamento à criminalidade deve seguir os moldes da Operação Lava Jato, com investigações "integradas" e "estruturadas".

"Não preciso de secretário de Segurança porque esse modelo não está funcionando em estado nenhum", declarou. "Você nomeia um delegado, ele tem problema com a Polícia Militar. Você nomeia um coronel, e ele tem problema com a Polícia Civil."

O gabinete proposto por Witzel para ocupar a função da pasta da Segurança Pública teria dois "secretários" representantes das polícias estaduais, sob comando direto do governador.

O funcionamento ocorreria de forma semelhante à cadeia de comando das Forças Armadas, segundo ele, que é ex-oficial da Marinha.

Apesar da inspiração em relação aos militares, o pré-candidato disse não ser favorável ao emprego das tropas federais no patrulhamento urbano.

Ele ressaltou que as Forças Armadas têm "pessoas valorosas e bem-intencionadas", mas que "tanques na rua não resolvem o problema". "Soldados do Exército não são preparados para a segurança pública", disse.

Witzel afirmou ainda que as polícias devem priorizar as etapas de investigação e que, para isso, assumiria a interlocução com o Poder Judiciário.

"Você só consegue atingir isso com quebra de sigilo bancário e telefônico, como foi feito na Lava Jato", comentou, em referência ao início do trabalho da força-tarefa, que identificou uma série de crimes a partir da operação de doleiros em um posto de gasolina em Brasília.

"Se você tiver delegados e agentes da Polícia Civil debruçados em relatórios do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] e dados do comércio, [seria possível identificar] para onde está o dinheiro do tráfico e do crime organizado."

Próximas sabatinas

O próximo pré-candidato a participar da sabatina Folha, UOL e SBT será o representante do PPS, Rubem César, na quarta-feira (6). Na sexta-feira (8), será a vez de Indio da Costa (PSD).

A agenda de entrevistas inclui Anthony Garotinho (PRP), no dia 11, Tarcísio Motta (PSOL), no dia 12, e Pedro Fernandes (PDT), no dia 15.

O PT ainda define entre o ex-ministro Celso Amorim e a escritora Márcia Tiburi o pré-candidato a ser entrevistado no dia 14.

Romário (Podemos) afirmou que só daria entrevistas quando fosse oficializado candidato. Eduardo Paes (DEM) até o momento nega a pré-candidatura e não aceitou o convite.

Veja a íntegra da sabatina com Wilson Witzel

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