Ciro diz ainda esperar PSB e não entender "desonestidade" do PT com ele

Do UOL, em São Paulo

  • Gabriel Cabral/Folhapress

    Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República

    Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse na noite desta quarta-feira (1º) que ainda aguarda uma resposta do PSB confirmando se a sigla irá ou não apoiá-lo nas eleições deste ano.

"Não recebi nenhuma carta, nenhuma mensagem, nenhum sinal de fumaça", disse Ciro em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews. "Estou aguardando que se confirme isso", complementou.

Nesta tarde, o PT anunciou, após reunião da Executiva Nacional do partido, que fechou um acordo com o PSB.

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Os arranjos preveem, por exemplo, que o PT abra mão da candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco - em prol do socialista Paulo Câmara - e que o PSB retire Márcio Lacerda da disputa ao governo de Minas Gerais - para não concorrer com o petista Fernando Pimentel. Na corrida presidencial, o PSB se manteria neutro –sem se aliar, portanto, a Ciro e ao PDT, vistos como potenciais adversários pelo PT

Ciro admitiu que, se confirmado o apoio do PSB ao PT, será um revés para sua candidatura. Mesmo assim, o candidato do PDT disse que não se "abate" por isso. "Quando eu entrei nessa luta, sabia que era um cabra marcado para morrer", afirmou o pedetista, que se classificou como um "rebelde" na disputa presidencial.

Isolado na corrida eleitoral até o momento, Ciro acenou em busca de apoio ao PSB, ao PCdoB, que também negocia com o PT, e ao centrão, bloco formado pelos partidos PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade, que selou apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).

Ciro disse não entender o que fez para merecer o "tipo de tratamento", até mesmo com "desonestidade", que vem recebendo pelo PT. E ironizou: "Já já, eu venço eles".

O partido repreendeu veemente qualquer membro que falasse no nome do presidenciável do PDT como alternativa à candidatura de Lula, condenado em segunda instância na Operação Lava Jato e, em tese, inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

"Eles não querem que eu seja o candidato que vai representar a renovação do campo progressista", disse. "Eu considero injusta a sentença que condenou Lula, e considero o comportamento do PT hostil ao povo brasileiro", afirmou, comparando a decisão de manter a candidatura do ex-presidente a uma "valsa à beira do abismo".

Ex-ministro da Integração Nacional de Lula de 2003 a 2006, Ciro ainda disse que, pessoalmente, se sente frustrado, já que foi "extremamente leal" ao ex-presidente durante 16 anos. "Mas o nosso ramo não aceita esse tipo de coisa. A vida é assim, inviabilizar os adversários", disse.

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