Anastasia repete Alckmin em 2006 e tem menos votos no 2º turno em MG

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

  • Estadão Conteúdo

    Do primeiro para o segundo turno, Anastasia perdeu 81 mil votos

    Do primeiro para o segundo turno, Anastasia perdeu 81 mil votos

Além de trazer a eleição de Romeu Zema (Novo) como novo governador de Minas Gerais, o resultado da eleição deste domingo (28) trouxe outra notícia ruim para o senador Antônio Anastasia (PSDB): ele recebeu menos votos no segundo turno do que no primeiro.

No primeiro turno da disputa mineira, Anastasia teve 2,8 milhões de votos. Neste domingo, a votação do tucano caiu para 2,7 milhões, uma retração de 2,8%. Ou seja, ele recebeu cerca de 81 mil votos a menos.

Anastasia "perdeu" para as abstenções (3,631 milhões). Zema recebeu quase 7 milhões de votos.

O recuo do tucano repete o que aconteceu com seu correligionário Geraldo Alckmin nas eleições presidenciais de 2006.

À época, Alckmin perdeu a disputa para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O tucano caiu de 39,9 milhões de votos no primeiro turno, para 37,5 milhões no segundo, o que significou uma perda de 2,4 milhões de votos. À época, Lula teve uma votação recorde no país: 58,2 milhões de votos.

A assessoria de Anastasia disse nesta segunda-feira (29) que não comentaria o assunto.

Ontem, após a confirmação da derrota, sem citar nomes, Anastasia disse que pagou por erros de outros políticos.

Disse também que a larga dianteira do adversário, na sua avaliação, ocorreu também em outros estados, com candidaturas de novatos na política.

"[A candidatura de Zema] faz parte dessa grande onda. Em Minas isso aconteceu de modo muito claro. Acho até que acabou pagando um pouco por erros que não são meus, mas da classe política como um todo", afirmou o tucano.

"Os mineiros decidiram dar oportunidade a um novo governador e faço votos que ele tenha um bom governo", disse Anastasia.

Anastasia, que ainda tem quatro anos de mandato no Senado Ferderal, afirmou também que dedicará sua atuação no Senado para "ajudar a resgatar o estado de crise" de Minas Gerais.

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