Bolsonaro "dispensa" chefe de segurança após bronca; PF avalia troca
Fabio Serapião
São Paulo
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Bruna Prado/UOL
Bolsonaro com o corpo fora do carro após votar no Rio
O candidato Jair Bolsonaro (PSL) se desentendeu com o chefe da equipe de policiais federais responsável pela sua segurança pessoal, o delegado Antônio Marcos Teixeira, na manhã deste domingo, 28. O desentendimento ocorreu após Teixeira repreender os agentes federais comandados por ele que permitiram que o candidato colocasse parte do corpo para fora do carro da PF e acenasse a apoiadores ao chegar no condomínio em que mora, após votar no Rio de Janeiro.
Com meio corpo para fora de uma viatura da Polícia Federal, Bolsonaro deixou a escola acenando para apoiadores e ouvindo gritos de "mito". Cerca de 100 eleitores trajando camisas amarelas o apoiavam e cercaram a caminhonete onde estava Bolsonaro, atrapalhando o forte esquema de segurança que havia sido montado.
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Bolsonaro, após o ocorrido, chegou a dispensar o delegado de sua segurança. Como o candidato não tem poder para decidir se o delegado continua ou não a desempenhar a chefia de sua equipe de segurança, a situação será avaliada pela PF.
Em caso de vitória, Bolsonaro tem o direito de continuar com a segurança da PF até o dia 1º de janeiro, data da posse.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a PF vai aguardar o resultado da eleição para decidir se haverá a troca no comando da segurança de Bolsonaro. Caso ele saia vencedor das urnas, a PF deve decidir nesta segunda-feira, 29, se fará a troca.
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